Quando comecei a escrever esta postagem, ainda assistia na Globo, o programa do Faustão, que leu uma carta de vereadores de Nova Friburgo falando do atraso do repasse de recursos para salvar a cidade, que foi devastada.
Leiam o que escrevemos aqui no dia seguinte à tragédia, ou seja, dia 13 de janeiro de 2011. Na postagem, reproduzida abaixo, prevíamos que os recursos seriam repassados com grande atraso. Infelizmente nossa previsão está se confirmando:
"Interessante é que em toda tragédia que acontece, como a que aconteceu em Teresópolis, Friburgo e Petrópolis, fala-se na imediata liberação de recursos do Governo Federal para ajudar as cidades. Nesse caso da região Serrana, inclusive, a presidente Dilma já assinou uma Medida Provisória liberando a verba. As reportagens dos jornais dão a entender que esses recursos entram imediatamente nas contas das prefeituras. Fica parecendo que é só sacar os recursos e pronto. Não é isso? Pois bem, mas não é nada assim. Primeiro as prefeituras terão que caracterizar a situação de calamidade pública. É feito um levantamento, pelas Defesas Civis Municipais, de cada caso, de cada ocorrência, um relatório complicadíssimo e que as Defesas Civis do Estado e da União deverão analisar e aprovar e, em alguns casos, vir no local conferir. Com isso, no mínimo já se consumiu uns 3 ou 5 meses. E a população tá esperando, crendo que o dinheiro já entrou na conta das prefeituras e os prefeitos não fizeram nada. Aprovada a documentação da Defesa Civil (AVADAM), aí sim, cada prefeitura deverá apresentar um projeto de engenharia do que precisa fazer, das obras que ela necessita. Mais uns 3 ou 5 meses, no mínimo. No caso de Teresópolis, onde muitos bairros foram atingidos, esses projetos podem demorar até um ano para serem preparados. Vide o caso de Angra dos Reis, que até agora não fez quase nada. Pro povo fica parecendo incompetência das prefeituras. Pois ele já viu, lá trás, o recurso ser liberado. Aprovados os projetos, aí se passa a um novo martírio, habilitar a prefeitura junto ao Governo Federal, se a prefeitura tiver um problema qualquer, até a falta da publicação de um balancete, não pode se habilitar na Caixa Econômica. Interessante é que neste estágio, não há mais pressa, até porque a mídia, os jornais, nem estão se preocupando com os problemas, já se passaram quase 12 meses. Todo mundo já esqueceu. E na Caixa há um funcionário apenas para cuidar das questões, que são muitas, vindas de todo o Brasil. Isso pode levar vários meses, até que a prefeitura regularize sua situação junto aos órgãos de controle. Concluída a habilitação, aí começam as licitações ou contratações diretas. A prefeitura, no mínimo, deverá dispor de vários orçamentos, todos emitidos por terceiros, que nem sempre estão prontos para atender a demanda. O que também atrasa muito até a população que sofreu os danos, que está esperando há mais de um ano, seja atendida. Se essa burocracia não acabar, todo ano será a mesma lamúria. Pois esta é a realidade!"
Atualizando: Hoje o portal Intertv publicou uma notícia dando conta de um protesto organizado em São José do Vale do Rio Preto, contra o prefeito, porque quase nada foi feito depois das chuvas de janeiro. Foi exatamente o que dissemos, o problema não é do prefeito. Ele não recebeu as verbas. Quem ler o texto acima verá que o blog previu esse problema apenas dois dias depois da tragédia na região serrana. E o recado é duro: VÃO ESPERAR MUITO AINDA.
"Os moradores de São José do Vale do Rio Preto fizeram um protesto reivindicando soluções rápidas para os problemas da cidade, principalmente os relacionados à chuva de janeiro. Os manifestantes se reuniram na praça central da cidade e foram para frente da casa do prefeito protestar. Os moradores pediram a saída de Adilson Faraco do governo. Segundo a população, poucas melhorias foram feitas até agora no município atingido pela chuva de janeiro." (INTERTV)
Leiam o que escrevemos aqui no dia seguinte à tragédia, ou seja, dia 13 de janeiro de 2011. Na postagem, reproduzida abaixo, prevíamos que os recursos seriam repassados com grande atraso. Infelizmente nossa previsão está se confirmando:
"Interessante é que em toda tragédia que acontece, como a que aconteceu em Teresópolis, Friburgo e Petrópolis, fala-se na imediata liberação de recursos do Governo Federal para ajudar as cidades. Nesse caso da região Serrana, inclusive, a presidente Dilma já assinou uma Medida Provisória liberando a verba. As reportagens dos jornais dão a entender que esses recursos entram imediatamente nas contas das prefeituras. Fica parecendo que é só sacar os recursos e pronto. Não é isso? Pois bem, mas não é nada assim. Primeiro as prefeituras terão que caracterizar a situação de calamidade pública. É feito um levantamento, pelas Defesas Civis Municipais, de cada caso, de cada ocorrência, um relatório complicadíssimo e que as Defesas Civis do Estado e da União deverão analisar e aprovar e, em alguns casos, vir no local conferir. Com isso, no mínimo já se consumiu uns 3 ou 5 meses. E a população tá esperando, crendo que o dinheiro já entrou na conta das prefeituras e os prefeitos não fizeram nada. Aprovada a documentação da Defesa Civil (AVADAM), aí sim, cada prefeitura deverá apresentar um projeto de engenharia do que precisa fazer, das obras que ela necessita. Mais uns 3 ou 5 meses, no mínimo. No caso de Teresópolis, onde muitos bairros foram atingidos, esses projetos podem demorar até um ano para serem preparados. Vide o caso de Angra dos Reis, que até agora não fez quase nada. Pro povo fica parecendo incompetência das prefeituras. Pois ele já viu, lá trás, o recurso ser liberado. Aprovados os projetos, aí se passa a um novo martírio, habilitar a prefeitura junto ao Governo Federal, se a prefeitura tiver um problema qualquer, até a falta da publicação de um balancete, não pode se habilitar na Caixa Econômica. Interessante é que neste estágio, não há mais pressa, até porque a mídia, os jornais, nem estão se preocupando com os problemas, já se passaram quase 12 meses. Todo mundo já esqueceu. E na Caixa há um funcionário apenas para cuidar das questões, que são muitas, vindas de todo o Brasil. Isso pode levar vários meses, até que a prefeitura regularize sua situação junto aos órgãos de controle. Concluída a habilitação, aí começam as licitações ou contratações diretas. A prefeitura, no mínimo, deverá dispor de vários orçamentos, todos emitidos por terceiros, que nem sempre estão prontos para atender a demanda. O que também atrasa muito até a população que sofreu os danos, que está esperando há mais de um ano, seja atendida. Se essa burocracia não acabar, todo ano será a mesma lamúria. Pois esta é a realidade!"
Atualizando: Hoje o portal Intertv publicou uma notícia dando conta de um protesto organizado em São José do Vale do Rio Preto, contra o prefeito, porque quase nada foi feito depois das chuvas de janeiro. Foi exatamente o que dissemos, o problema não é do prefeito. Ele não recebeu as verbas. Quem ler o texto acima verá que o blog previu esse problema apenas dois dias depois da tragédia na região serrana. E o recado é duro: VÃO ESPERAR MUITO AINDA.
"Os moradores de São José do Vale do Rio Preto fizeram um protesto reivindicando soluções rápidas para os problemas da cidade, principalmente os relacionados à chuva de janeiro. Os manifestantes se reuniram na praça central da cidade e foram para frente da casa do prefeito protestar. Os moradores pediram a saída de Adilson Faraco do governo. Segundo a população, poucas melhorias foram feitas até agora no município atingido pela chuva de janeiro." (INTERTV)
3 comentários:
lembro dessa postagem aí sim.e na epoca teve gente chiando.
julinho
Já que está bom de previsão me passe os números da mega-sena
Caro Anônimo,
Os números da mega eu não posso adivinhar, mas que você não merece respeito, isso eu não tenho dúvidas.
Até para brincar com os outros, tem que ter coragem. Põe seu nome, sai do anonimato!!!
hahahahahaha
José
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