EX-DEPUTADO ALMIR MOURA PARTICIPOU DA CONVENÇÃO DO PV

O ex-deputado federal Almir Moura, que foi acusado de envolvimento no escândalo das ambulâncias, compareceu no último dia 23 de junho, na convenção do PV, em Miracema e, segundo informações que o blog está apurando, o ex-deputado teria até mesmo feito um discurso, exaltando a candidatura do ex-prefeito Gutemberg Damasceno. Moura já apoiou Gutemberg quando ele era prefeito e na convenção que lançou Carlos Roberto, o ex-deputado compareceu e enalteceu a candidatura lançada. Moura hoje é pastor evangélico e não tem mandato eletivo.

Para quem não lembra dele, o blog fez uma pesquisa na internet e apurou o que disseram a seu respeito e o que ele disse em defesa, como conta o site Direito 2, "o empresário Luiz Antônio Vedoin disse que fez acordo com o deputado Almir Moura (PFL-RJ), que receberia comissão de 10% do valor de cada emenda de sua autoria que viesse a ser executada por prefeituras ou entidades não-governamentais, em benefício de empresas do esquema das sanguessugas."

"Em depoimento na Justiça Federal, Vedoin afirmou que houve licitação direcionada na compra de equipamentos médico-hospitalares para Miracema (RJ), referente a R$ 800 mil oriundos de emenda apresentada por Moura para o exercício de 2004. Em troca, o deputado teria recebido R$ 80 mil, entregues à sua chefe de gabinete. Vedoin citou outras duas licitações direcionadas, referentes a 2005, executadas com recursos de emendas do deputado. Quanto ao exercício de 2006, o empresário disse que Moura apresentou uma emenda de R$ 1,2 milhão para compra de equipamentos médicos e, em troca, recebeu adiantamento de R$ 20 mil. Outros R$ 30 mil teriam sido entregues ao deputado por causa de uma emenda de R$ 1 milhão."

Defesa:

"Almir Moura afirma que a CPMI das Sanguessugas não conseguiu demonstrar o envolvimento dele com a "máfia das ambulâncias". Na defesa encaminhada ao Conselho de Ética, o deputado ressalta que não há comprovante de depósito bancário suspeito em seu favor ou em benefício de seus familiares e assessores. De acordo com o deputado, os únicos indícios contra ele são gravações telefônicas em que algumas pessoas mencionam o seu nome. Almir Moura lembra, no entanto, que não há gravação interceptada na qual ele próprio seja o interlocutor."

"O deputado considera que o processo aberto pelo Conselho de Ética infringe o princípio da individualização das penas, previsto na Constituição. Isso ocorre, segundo ele, porque o conselho investiga todos os parlamentares apontados como suspeitos pela CPMI, independentemente de haver ou não provas contra eles."

"Na avaliação do parlamentar, Vedoin mentiu em seu depoimento, com o objetivo de chantagear e receber vantagens de autoridades. O deputado destaca também que a CPMI não demonstrou a relação de causalidade entre as emendas que apresentou ao Orçamento e o eventual direcionamento de licitações realizadas pelos estados ou municípios. Ele afirma que, se houve superfaturamento, esse ocorreu durante o processo licitatório ou nos estágios subseqüentes, e não durante a apresentação da emenda."

(fonte: Site Direito 2 - Depoimentos prestados nos processo nº 2006.36.00.007594-5 e 2006.36.00.008041-2, da Justiça Federal de Mato Grosso, o blog está tentando manter contato com o ex-deputado)