segunda-feira, 2 de setembro de 2013

HOMENAGEM AO PROFESSOR NÉZIO

Associação dos Profissionais de Contabilidade fazem homenagem ao saudoso Sr. Nézio por seu centenário de nascimento

HOMENAGEM PRESTADA POR ADILSON DUTRA NO BLOG PAPO DE BOTEQUIM

Faltam alguns dias, dois meses aproximadamente, mas é preciso que lembremos agora para despertar nossas autoridades, muitos sem memória ou sem viver o que nós, simples mortais e desportistas, vivemos a seu lado ou recebemos dele os ensinamentos e incentivos para gostar do esporte. 

Faltam aproximadamente cem dias para se comemorar o centenário de nascimento do contador Genserico Câmera Castro, que assim pelo nome é possível que o amigo não se ligue imediatamente na pessoa tão importante que foi para nossa cidade, mas se eu disser que, no dia 4 de agosto de 2013, o Professor Nézio completaria cem anos de nascimento, minha turma e vocês se lembrarão imediatamente de quem foi este moço para Miracema. Certo? 

Claro que você, de imediato, lembrará das “Ferinhas do Nézio”, o melhor basquete de Miracema de todos os tempos. Você lembrará de uma história qualquer, contada por seu pai, seu avô, seu tio ou seus irmãos, sobre as aulas de contabilidade, no Colégio Miracemense, dos treinos de basquete, na quadra do Rink, do Ginásio, do futebol no Tupã EC, onde Seu Nézio foi o primeiro treinador.

Meu pai jogou com ele, no Tupã, eu joguei com ele, no Basquete do Miracemense, e quem, da minha geração, não viu um treino das meninas, famosas não só pelo talento pelo esporte como também pela beleza física?  Elas se exibiam nas quadras da cidade. 

Seu Nézio era uma paixão para todos nós e cada um de seus alunos tem uma história para contar deste mestre do xadrez, do basquete, do futebol e da contabilidade.

Uso este espaço para alertar aos seus ex-alunos, principalmente o hoje vereador, Gutemberg Damasceno, discípulo de Seu Nézio na arte milenar do xadrez, para que abra o caminho para as homenagens, na Câmara Municipal e em toda a cidade, para este grande chefe de todos nós, que nos deixou prematuramente no início dos anos 80.

Eu tenho boas histórias e ótimas recordações do professor, do treinador e do torcedor apaixonado do Tupã, e vou recordar, neste meu primeiro texto homenageando seu centenário, apenas um, passado dentro de sala de aula, no curso de contabilidade do Colégio Miracemense, e espero que você, que me lê agora, me conte outros para eu colar nos próximos textos que virão na serei “Professor Nézio, cem anos de esporte”.

Eu jogava no Tupã, que no domingo enfrentara o Operário, de Cataguazes, em amistoso realizado no Estádio Municipal. Naquela segunda-feira tínhamos uma prova de contabilidade, no Miracemense, e, por ter levado uma pancada no braço direito, estava eu impossibilitado de fazer a tal prova, mas fui até ao colégio para justificar.

- O que houve com o braço? Perguntou o professor Nézio.

- Machuquei ontem, jogando pelo Tupã, contra o Operário, de Cataguazes.

- Quanto ficou o jogo?

- Ganhamos por 2x1 e eu fiz o gol da vitória, foi neste lance que o zagueiro me pisou no braço.

- Quanto você tirou na prova passada?

- Oito, professor.

- Sua nota vai ser repetida, não se preocupe, vá para casa e cuide do braço para o treino de basquete na quinta.

E nas próximas provas eu sempre estava machucado e um dia ele descobriu que estava de “migué”, me chamou no seu escritório e me passou um sermão daqueles, mas no final deu uma boa gargalhada e me falou: “Você pensa que me engana, mas eu estou de olho em você”.


Grande homem, ótimo esposo, pai exemplar, amigo do peito, leal e um cara, como diriam os jovens de hoje, do bem. Salve Nézio. Salve Genserico.

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