sexta-feira, 16 de agosto de 2013

EM QUE PAÍS VIVEMOS?

O sujeito sai de casa às 4 da manhã, pega 3 ônibus para chegar ao trabalho às 7, bater ponto e atender aos anseios da empresa até as 17 horas, quando não faz hora-extra e sai da labuta às 19 horas. Novamente 3 ônibus e chega em casa às 21 horas, quando o trânsito não está ruim e esse horário se prolonga até as 23 horas. Essa é a vida da grande maioria dos trabalhadores brasileiros, quer seja em São Paulo, quer seja no Rio de Janeiro ou em Porto Alegre, Vitória, Belo Horizonte e Salvador. É a vida como ela é, no dizer de Nelson Rodrigues.

Aí nos deparamos com notícia veiculada no jornal FOLHA DE SÃO PAULO, onde a manchete anuncia: "Black blocs" se perdem ao procurar ponto de ônibus durante ato em SP". O corpo da matéria explica o quem são os tais "black blocs", como "anarquistas mascarados". Traz uma foto, de pessoas aparentando pouca idade, com o rosto coberto.

Três conclusões sobre o fato, que a matéria induz o leitor a entender: primeiro; eles são arroz de festa de qualquer manifestação política dos últimos meses, não devem trabalhar, pois dedicam o tempo a simplesmente manifestar. Segundo; eles não pagam passagem nos ônibus, mesmo sob protesto do motorista e ajudante dele (trocador), a população é refém desse povo. Terceiro; não são habituados a andar de ônibus, pois num trajeto simples, no centro da cidade de São Paulo, o grupo não conseguiu identificar com rapidez onde deveriam ter acesso ao transporte público.

Tudo muito normal, ao que parece na matéria, não há indignação de ninguém, apenas do motorista, mas que, logo após, voltou e tocou o ônibus até o destino. O problema, ao que parece maior, é a informação que diz que o grupo estava "acompanhados por um número superior de policiais militares." E pior, que "no caminho, integrantes do grupo pichavam o símbolo do anarquismo e "poder popular" em paredes e ônibus."

Conclui-se que a polícia estava ali para protegê-los e impedir que alguém atentasse contra a vida dos mesmos, porque não era para proteger a população, uma vez que eles fizeram o que queriam e ninguém tomou nenhuma providência. Porque a polícia não impediu o grupo de entrar no ônibus e nada pagar? Porque a polícia não impediu o grupo de pichar paredes e ônibus?

No mínimo há uma inversão da ordem!! Até quando, em nome dos "direitos humanos" vão ser toleradas ações como essas? E o trabalhador que passa o dia ralando, porque a polícia não o protege? Porque a polícia não garante a ele o direito de ir e vir com tranquilidade para sua casa e para o seu trabalho?

Melhor virar anarquista e parar de bater ponto.... 



(FOTO E INFORMAÇÕES RETIRADAS DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO NO SEGUINTE ENDEREÇO http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/08/1327333-black-blocs-se-perdem-ao-procurar-ponto-de-onibus-durante-ato-em-sp.shtml )

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