CARTEIROS ENVOLVIDOS EM FRAUDE SÃO PRESOS
A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (18) 13
pessoas, dentre elas seis carteiros, acusadas de fazer parte de uma
quadrilha que comprava produtos na internet de forma fraudulenta no Rio
de Janeiro. As investigações da operação, batizada de Delivery,
começaram em 2010. A estimativa da PF é que a quadrilha tenha causado
prejuízos da ordem de R$ 3 milhões a operadoras de cartão de crédito e
lojas virtuais.
A maioria dos presos mora na cidade de Niterói,
região metropolitana do Rio, mas um mandato de prisão foi cumprido em
São Paulo e outro em Araruama, Região dos Lagos, de acordo com a Polícia
Federal. Segundo a PF, o chefe da quadrilha é um estudante de direito
morador de São Gonçalo, município vizinho a Niterói.
A Polícia
Federal explicou que o crime era cometido a partir de dados de cartões
de crédito roubados por meios de hackers - especialistas em informática
capazes de modificar programas e redes de computadores, além de
contornar barreiras de acesso de sistemas - que a quadrilha utilizava
para fazer compras online.
Os funcionários dos Correios e
entregadores de transportadoras eram encarregados de identificar as
mercadorias com os endereços fictícios, que faziam parte das rotas dos
envolvidos, e entregá-las aos criminosos.
Os carteiros e
entregadores recebiam pelo serviço ilegal um valor proporcional ao da
mercadoria. Os produtos eram geralmente notebooks, tablets, aparelhos
celulares, TVs de plasma e de LED, entre outros. Tudo era revendido a
receptadores ou por meio de sites que hospedam anúncios de vendas por
valores abaixo do mercado.
Os presos foram encaminhados para o
Presídio Ari Franco, em Água Santa, subúrbio do Rio. Os investigados vão
responder pelos crimes de furto, receptação, corrupção passiva,
peculato e formação de quadrilha, previstos respectivamente nos artigos
155, 180, 317, 312 e 288 do Código Penal.
A assessoria de imprensa
dos Correios do Rio de Janeiro informou por e-mail que ainda aguarda o
comunicado da Polícia Federal sobre os empregados envolvidos na operação
para adotar as medidas administrativas cabíveis. A empresa disse ainda
que “age em parceria com os órgãos de segurança federal e estadual,
fornecendo informações necessárias às investigações que são realizadas”.
Da Agência Brasil.
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