
Esta semana, nossa equipe de reportagem resolveu percorrer as ruas do  centro de Três Rios para saber como se encontra a situação do lixo  produzido pelo trirriense nessa parte da cidade. O resultado não foi  nada agradável. Vimos que montanhas de sacolas de lixo são abandonadas  nas calçadas das principais áreas de comércio, atrapalhando o passeio  público.
De acordo com o vereador Hedilio, “a reciclagem tornou-se uma ação  importante na vida moderna, pois houve um aumento do consumismo e uma  diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos acessórios que se  tornaram indispensáveis no dia a dia e trouxeram um grave problema: qual  o destino a dar quando perdem utilidade?”
Já o vereador Marcinho pensa que, além das vantagens ambientais, o  projeto permitirá o fortalecimento da educação ambiental tanto para as  crianças como para aqueles que frequentam e trabalham em prédios  públicos. O projeto autoriza ainda que os materiais recolhidos possam  ser vendidos e suas arrecadações financiem outros projetos ambientais.
Não há duvidas de que Três Rios vem passando por um período crescente da  sua economia, e que o consumismo tende a trazer para a cidade alguns  incômodos, principalmente com o lixo. Esse é um processo que decorre  inclusive de uma acumulação de dejetos, que nem sempre possuem um lugar e  um tratamento adequado. Isso eleva o aumento desses dejetos, uma vez  que a população aumenta, e gera elevação no consumo. E consumo significa  lixo.
O fato de jogar lixo nas calçadas e ruas não traz uma boa impressão,  pelo contrario, a irresponsabilidade nesses casos pode levar a uma  cultura imprópria, praticada nos grandes centros urbanos do País. A  responsabilidade de quem produz esse lixo deve ser acompanhada pelas  autoridades, para que não haja um abuso no despejo desse material.  Afinal, de quem é o lixo jogado nas calçadas?
Cidades como Rio de janeiro e São Paulo pagam um preço alto nos períodos  de chuvas, em decorrência de lixo urbano acumulado nas ruas, que  entopem os bueiros e córregos, deixando um triste efeito de inundação.
Até a metade do século 20 o lixo não significava um problema. A maior  parte dele era formada por materiais orgânicos, como restos de frutas e  verduras, assim como de animais, e tudo isso é degradável pela ação da  natureza. O lixo era menor e facilmente transformado pelo próprio Meio  Ambiente em nutrientes para o solo.
Muitas pessoas tinham o hábito de ter em suas casas uma horta ou uma  criação de galinhas e outros animais domésticos, a quem elas davam seus  restos de comida. Com o passar dos anos, o modo de vida dos habitantes  do planeta foi mudando. As cidades foram crescendo, reduzindo o espaço  de moradia e o tempo disponível dos cidadãos. Com isso um ou outro ritmo  de consumo passou a fazer parte da vida das pessoas: a compra de  alimentos e outros produtos embalados, prontos para o consumo. Com a  chegada dos supermercados, vieram as comidas prontas, o leite longa  vida, os vegetais já lavados.
Mas tudo isso passou a significar um problema. Com o passar do tempo, o  acúmulo de materiais das embalagens passou a ser uma preocupação. Os  sacos plásticos, caixas, isopor, sacolas, sacolinhas, latas... Todos da  era moderna do lixo. E o que é pior: são materiais de difícil degradação  e incorporação ao meio ambiente.
Felizmente, grande parte desses materiais pode ser reaproveitada ou  reciclada, evitando o acúmulo de lixo no solo de nossas cidades e  reduzindo o desperdício de recursos naturais. Mas esse movimento está  apenas começando. É necessária a colaboração de todos para que esse  problema seja amenizado.
Denúncia
Na próxima edição do Entre-Rios Jornal, iremos falar sobre uma denúncia  dos moradores do bairro Triângulo. Eles reclamam que uma rua próxima à  empresa Ferreira Internacional estaria se transformando em um verdadeiro  lixão"  
 
 
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