sábado, 14 de maio de 2011

LIDERANÇAS DA OAB DEFENDEM EXAME DE ORDEM NO CONGRESSO

Os maiores beneficiários da extinção dos exames obrigatórios da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o exercício da profissão seriam "os donos de faculdade", que "passariam a vender não apenas o bacharelado em direito como também o ingresso na carreira, em negócio ainda mais lucrativo". A declaração foi feita pelo secretário-geral do Conselho Federal da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coelho, em audiência pública realizada nesta quinta-feira, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, com o objetivo de debater a campanha em curso para acabar com a exigência, prevista na Lei 8.609/94.

De acordo com Furtado Coelho, os principais prejudicados com a eventual extinção do "Exame da Ordem" - considerado pelos bacharéis cada vez mais difícil - seriam "os cidadãos mais necessitados que, sem condições financeiras para advogados com conhecimento, seriam direcionadas pelo mercado aos advogados não aprovados no exame, despreparados para defendê-los". O dirigente da OAB ressaltou que o curso de direito abre um leque de oportunidades profissionais, como as carreiras de juiz de direito, delegado de polícia e promotor de Justiça.

- Todos os bacharéis em direito realizaram seus cursos com a regra atual em vigor, e tinham plena consciência da necessidade do exame de Ordem para o exercício da advocacia - afirmou Furtado Coelho. - Não é possível mudar a regra do jogo depois do término da partida. Após reprovação no exame, pretender mudar a lei para dela se beneficiar é um casuísmo. (OAB)

Um comentário:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Caro José

Como lhe informamos nesta reunião o dito representante foi massacrado por todos os nembros da Comissão que não concordararam com esta antiga falalácia dos defensores do exame da OAB.

Lá foi proclamdo, alto e bom som, que tal exame além de absurdo é incostitucional e ele nem tocou nisto.

Por acaso, com exame ou sem exame, não poucos advogados que têm prestado péssimos serviços profissionais não só aos menos favorecidos?

Efetivamente exame algum garantirá um bom profissional em qualquer área, mas sim o execercício profissional. Para fazê-lo existe a indústria dos cursinhos que sabe muito bem como preparar. Só que custa muita grana. Mais uma vez a exclusão pelo poder financeiro.

Um bom profissional não se avalia tão somente por respostas a uma série de questões formuladas para derrubá-lo. Qualquer RH sabe disto e tal sistema não usa, mesmo nas grandes empresas.

Por outro lado não é o Direito a profissão de maior risco ao cidadão por profissional mal formado. Porque tal exigência somente ao Direito?

Pela lei a quem cabe avaliar as formações universitárias é o MEC e uma vez sacramentada por ele, de onde sai o poder da OAB ou de qualquer outra entidade por mais respeitável que seja para isto contestar?

É incrível que o MEC e as escolas adimitam tamanha e desmoralizante usurpação de suas autoridades. Afinal quem são os responsáveis pelas escolas e por seus cursos de Direito? Em geral não são advogados com carteira da OAB?

Muito e muito mais se pode dizer a respeito, mas ficamos por aqui.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlços/MPmemória.