quarta-feira, 6 de abril de 2011

DEMAGOGIA EM EXAGERO ENGORDA!

Ontem no jornal "O Globo", os arautos da moral e do bom costume, fizeram de tudo um pouco para atacar o desembargador miracemense Marcus Faver. Ele, que é presidente do Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, emitiu sua opinião, como líder de uma classe, de que o horário de funcionamento de alguns tribunais, especialmente aqueles localizados no Nordeste, não pode ser o mesmo de estados mais frescos, onde o clima é mais ameno. Li, na entrevista que o desembargador deu ao mesmo jornal, e não notei, em nenhum momento, ele dizer que esses trabalhadores dos tribunais, não possam cumprir a mesma carga horária dos demais.

Interessante é que o demagógico jornal, trouxe, em primeira página, um trabalhador braçal, que não é menos importante que um juiz ou um advogado, que serviu para ilustrar a comparação tosca com os serventuários da Justiça. São trabalhos distintos, não guardam, entre si, nenhuma semelhança.

Interessante é que o presidente da OAB do Brasil, no mesmo jornal, endossa a demagogia estampada em manchete garrafal.

Ou será que o trabalhador braçal exerce seu ofício usando terno e gravata? Como dito antes, são funções totalmente distintas. Não dá para comparar, como se tudo fosse simples, divino e maravilhoso.

O que o jornal não diz, mesmo tempo apurado os fatos, é que existe um déficit muito grande de trabalhadores nos tribunais de justiça de todo o Brasil. O próprio presidente do Tribunal de Justiça do Rio, vendo a demagogia do jornal, faz coro com Marcus Faver e afirma que não tem serventuários para tal. Ou será que três trabalhadores braçais podem, sozinhos, construir um prédio de 10 andares? É a comparação que o jornal deveria fazer, levando-se em conta que a seleção de trabalhadores braçais não é precedida de concurso público, que exige tempo, trabalho e orçamento.

Interessante é que o CNJ que propôs a regra com os novos horários, parece que faz vista grossa para tal.

Finalizando o show de demagogia e desinformação do jornal "O Globo" é interessante o exemplo trazido por um sindicalista, que afirma que em Varre-Sai, o Tribunal de Justiça tem apenas dois funcionários. O que é mentira. Varre-Sai não é comarca, nem tem fórum ou juiz. A justiça de Varre-Sai é em Natividade, cidade vizinha. Ou seja, claro está que a intenção do dito jornal, é fazer demagogia. E demagogia em exagero, engorda!

5 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Caro José

Não há quslquer comparação em termos de calor entre um trabalhador braçal qualquer que exerce sua função diretamente sob o sol e quaquer outra pessoa, mesmo com palitó, gravata e bata, num trabalho intelectual, confortavelemente sentado, iluminado e refrigerado.

Aprendemos a trabalhar na sede da Light, serviço de escritório, 8 h por dia, com gravata e sem se quer ventilador. Um salão com uns 80 homens e um chefe de olho em cada um o tempo todo. Era como se trabalha lá nos idos de 1945.

O horário de qualquer serviço público deve ter mais que ver com o atendimento ao público do que com o interesse do servidor.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

Postador disse...

Caro Luiz Carlos,

Só para comparar, quando trabalhei na prefeitura de Miracema em 1993/1996 lá só existia um único aparelho de ar condicionado, onde ficava o computador da folha de pagamento. E ninguém reclamava do calor.

Hoje, mesmo com dois aparelhos na minha sala, sentimos muito calor. As mudanças climáticas de 1993 até agora, são enormes.

Valeu por participar.

abçs

José

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Caro José

É o que dizem nossos filhos e netos quando lhes contamos que vivemos na juventude na Penha, considerado local muito quente, cheio de pernilongos e não tinhamos se quer ventilador. Era preciso trancar os quartos ao entardecer e pulveriza-los com inseticida. Não sendo assim o mosquito não deixava dormir.

Hoje vivemos num apartamento que no máximo ligamos ventilador de teto. No verão que passou e até agora não necessitamos do ar refrigerado. Mas filho e netos precisam.

Não somos devoto de São Tomé, mas gostamos de ver para crer. Tem provas disto?

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

Postador disse...

Caro Luiz Carlos,

Prova maior são as pessoas que trabalhavam lá em 1993/1996 e que sabem que na prefeitura havia apenas um único computador.

Já o calor, pode perguntar a qualquer funcionário que esteja lá atualmente.

Vc tem prova que não usou ar condicionado no verão??

Só vendo para crer!

abçs

José

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Caro José

Desculpe-nos mas certamente não fomos o suficientemente caro.

Não questiuonamos nada disto, mesmo porque seria de uma grosseria que sabe não ser do nosso feitio. Sua palavra nos basta.

Apenas questionamos, mas não negamos, as mudanças de calor, sobre as quais não estamos convencidos, salvo provas estatísticas, que não temos e não pesquizaremos.

Obrigado.

Abralos, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.