terça-feira, 10 de agosto de 2010

PICCIANI RESPONDE ENTREVISTA DA RÁDIO CBN


O candidato ao Senado pela coligação ‘Juntos pelo Rio’, Jorge Picciani (PMDB), participou nesta manhã, dia 10 de agosto, de uma entrevista na rádio CBN, no Rio de Janeiro. Durante quase quinze minutos, ele respondeu a todas as perguntas da apresentadora Lúcia Hipólito e de ouvintes da rádio sobre temas como royalties, reforma política e sua posição a respeito de temas polêmicos, como o aborto. Ele abriu a entrevista respondendo por que quer trocar uma carreira de 20 anos como deputado estadual pelo Senado Federal, cutucou alguns adversários e explicou por que se sente preparado para representar o Rio no Senado federal.

Abaixo, os principais temas e a visão do candidato apresentada na entrevista:

POR QUE QUER O SENADO: “Tenho experiência no Parlamento. Tive todas as oportunidades no parlamento estadual. Comecei presidindo a Comissão de Orçamento e Finanças, fui líder de governo, lider de oposição, fui seis anos primeiro secretário ao lado do então presidente da Alerj, hoje governador (Sérgio Cabral). Começamos o processo de transformação do Legislativo estadual e depois tive oportunidade de ser eleito e reeleito quatro mandatos sucessivos à presidência da Alerj, com apoio de praticamente todos os partidos e todos os deputados. Então, isso me dá experiência suficiente para querer fortalecer a representação do Rio no Senado, já que é historicamente uma Casa paritária, que representa o estado na federação. São três senadores por estado. O Rio de Janeiro historicamente tem tido perdas muito grandes por falta de alguém que concilie, que busque o entendimento em defesa do estado do Rio de Janeiro.”

SUPLENTES NA CHAPA:“(meu primeiro suplente) É o deputado Carlos Correia, secretário-geral do PDT, quatro vezes deputado, um grande quadro da política do Rio de Janeiro, meu companheiro por muitos anos, secretário do governo Brizola. O segundo suplente, indicado pelo PSC, Everaldo Pereira, é pai do deputado Felipe Pereira, também um quadro experiente, vice presidente nacional do PSC, um partido importante da base de apoio do governador Sérgio Cabral. Na Alerj tem cinco deputados, teve um secretário de trabalho, o deputado Sabino, no início, e agora o presidente do partido no Rio, Ronald Azaro”

ARRECADAÇÃO DE RECURSOS PARA A CAMPANHA: “Nós temos prestado contas na forma da lei. Os nossos recursos provém – e estarão em todas as nosssas prestações de contas -, de duas fontes centrais: das minhas relações na atividade pessoal, a pecuária, que antecede a política. A Monte Verde tem 26 anos de atividade. Hoje meu filho Felipe preside a principal entidade nacional, a ACNB, com sede em São Paulo. É o primeiro jovem de 29 anos a presidir esta entidade. 80% da pecuária nacional está representada nesta entidade e vai se verificar que muitos são provenientes (da pecuária). Ninguém que tem contratos com o estado do Rio de Janeiro, nem atividades no Rio de Janeiro. São relações pessoais”

ROYALTIES DO PETRÓLEO: “O Parlamento é a casa das grandes conversas. É preciso saber conversar. Cada estado brasileiro só tem três senadores, seja o mais pobre ou o de maior população.É preciso ter capacidade para sair de dissensos para consensos possíveis. Não adianta ir para a conta aritmética, o Rio de Janeiro sempre perderá. Por exemplo, o senador atual do Rio de Janeiro, que já foi candidato a prefeito, a governador, a prefeito, e agora é a senador. Ficou oito anos no Senado e ele agora só reúne o próprio partido e a sua própria igreja. Você acha que este senador consegue defender o estado do Rio de Janeiro e suas riquezas? Eu tenho experiência. Eu não venci sete eleições sucessivas na Alerj, três ao lado do governador Sérgio Cabral e quadro liderando a chapa, com votos de todos os partidos, tendo grandes quadros ao meu lado, se eu não tivesse capacidade de diálogo, de sentar à mesa ouvir, de respeitar a opinião, mas também de defender meus pontos de vista. Desta forma eu tenho liderado o Parlamento do estado do Rio de Janeiro. É por isso que eu tenho o apoio do governador Sergio Cabral, do senador Francisco Dornelles, do prefeito Eduardo Paes: porque sabem que eu sou capaz de sair do dissenso para o consenso possível. É preciso conversar”.

ICMS DO PETRÓLEO: “O Rio de Janeiro já perdeu muito, perde historicamente, perde com a transferência da capital, perde com a fusão – que não foi discutida com a sociedade civil –, perde quando perde o ICMS do petróleo. São R$ 10 bilhões. Não era razoável que fosse para o destino, que é São Paulo, mas deputados constituintes que hoje concorrem ao Senado não tiveram a capacidade de enfrentar o talento do deputado (José) Serra, este sim, defendendo o povo de São Paulo, que era a sua função. Nós tínhamos deputados do mesmo nível, de competência na área econômica, mas não teve o político, a capacidade de unir. Porque é necessário ter a capacidade de unir. Desagregar é fácil. Veja o isolamento que o Rio de Janeiro sofria e veja a redenção a partir do governo Sergio Cabral, habituado ao Parlamento, habituado à conversa, que inaugurou uma nova fase no Rio de Janeiro. Eu participo desta nova fase, eu participo desta visão política, então eu tenho capacidade de ir ao Senado de forma concreta mostrar que o Rio de Janeiro não pode perder os royalties, tem que reverter e trazer de volta o ICMS do petróleo. O Rio de Janeiro tem que garantir uma reforma tributária, que aqui fizemos industrializando o interior do estado do Rio de Janeiro.Para isso que eu quero ir ao Senado. Acho que estou em condições de representar o estado do Rio de Janeiro”

ELEIÇÃO PARA O GOVERNO DO RIO: “Não tenho nenhuma dúvida de que o governador Sérgio Cabral vai ser reeleito no primeiro turno. Todos os governos candidatos a eleição, e o dele não é exceção a regra, que têm acima de 46% de ótimo e bom e tem abaixo de 25% de ruim e péssimo, são reeleitos no primeiro turno. Cabral já atinge 53% de ótimo e bom e tem somente 11% de ruim e péssimo”.

ABORTO: “Sou contra o aborto a favor do direito a vida”.

REFORMA POLÍTICA: “Temos na reforma política uma questão central, que é acabar com as medidas provisórias. O Parlamento não funciona com medida provisória. O Parlamento da cidade e do estado do Rio de Janeiro é muito forte porque o governador é obrigado a discutir cada mensagem que manda. Ele tem aprovado, ele tem tido o apoio do Parlamento do Rio, mas tem que mandar seus secretários discutirem e muitas das vezes recuar, como foi no caso do (Theatro) Municipal (projeto para estabelecer as Organizações Sociais- OSs) que eu me coloquei ao lado dos funcionários e ele recuou. Para mim, o primeiro ponto da reforma política é acabar com as medidas provisórias, que são similares ao decreto lei da ditadura.”

FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA: “Eu sou a favor, mas acho que, nesse sim, seria bom passar pelo referendo popular. Devem ser levados à população os esclarecimentos sobre qual é o custo das campanhas. E porque, mesmo tendo custo, é positivo para a sociedade porque descontamina essa forma escusa de se fazer política. Veja a declaração de patrimônio dos candidatos. O sujeito mora num apartamento de 2 milhões de dólares e declara que tem apenas R$ 73 mil. Eu declaro o que eu tenho. Da mesma maneira que tudo que eu arrecadar na campanha vou declarar. Portanto, eu sou a favor do financiamento público, mas acho que para isso tem que ser feito um grande esclarecimento à população, mostrando que isso é positivo para a sociedade, para que não tenha aquela demagogia: ’olha estão gastando tanto.’”

VOTO DISTRITAL: “Eu sou contra. Sou contra a gente fazer da Câmara Federal uma grande Câmara de Vereadores. Se o voto fosse distrital, talvez perdessemos a oportunidade de fazer grandes quadros na política. A Jandira Feghali (PCdoB) talvez não se elegesse, talvez a Denise Frossard (PPS) não se elegesse, talvez o Carlos Minc (PT) não se elegesse. Eu sou contra o voto distrital por essas razões.”

Um comentário:

Josiane Lima disse...

tem um blog aí fazendo enquete e só dá picciani, em miracema ele tá bem graças ao ivany samel que está apoiando ele

josi