Em busca da discussão do futuro dos partidos brasileiros, principalmente aqueles com representação em Miracema, entrevistamos a analista de marketing, Rose Lossaco. Ela é filiada ao PV desde o ano de 1987, tendo ajudado a fundar o PV de São Paulo e Campinas e atualmente é uma das coordenadoras do grupo de oposição interna da sigla, denominada "Ação Verde - Tendência Ética".
1) Como membro do Partido Verde, como a sra. vê a intenção do Tribunal Superior Eleitoral de impedir candidaturas de filiados com envolvimento em casos de improbidade administrativa e passagens criminais?
Eu vejo com bons olhos, primeiro porque, hoje, quem responde processo, ainda que não tenha sido julgado, não pode se candidatar a vigilante.Então, é uma incoerência dar a um cidadão em suspeição , a possibilidade de mandato, de exercer o poder e de representar parte da sociedade na vida política. Outro receio fica por conta dos que buscam na eleição uma forma de ter foro privilegiado para escapar da punição por possíveis crimes praticados.
2) O PV, na condição de partido que prega a ética, tem algum movimento interno nesse sentido?
2) O PV, na condição de partido que prega a ética, tem algum movimento interno nesse sentido?
Oficialmente, não. Ha posições isoladas apenas. Se o PV fosse se preocupar com a ética que prega, já teria afastado, pelo menos, 5 membros da Direção do Partido, que estão sob suspeição.
3) Como a sra. avalia a situação Nacional do PV?
3) Como a sra. avalia a situação Nacional do PV?
O PV hoje não passa de um Partido descaracterizado, sem atuação expressiva, corrompido até as bases, por responsabilidade de uma direção fisiológica, negligente e corrupta. Tem uma militancia fraca, pois não se investe nem em filiação, nem em formação política, capacitação de filiados. Não praticam a democracia participativa, nem a transparencia nas relações internas.Como disse Gabeira, o PV hoje é uma mediocridade asfixiante.
4) O que vale mais para o PV: qualidade ou quantidade?
4) O que vale mais para o PV: qualidade ou quantidade?
Ficou claro que quantidade vale mais, visto que deixaram de lado o aspecto programático do partido, prá se embrenhar na questão pragmatica, a busca insana pelos 5%, que embora, a direção tenha lutado pela inconstitucionalidade dessa exigencia, usou-a como regra no período eleitoral, condicionando, inclusive, a permanencia de dirigentes, ao cumprimento da meta.
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