
Fico esperançoso ao ver o governo municipal de Miracema preocupado com o homem do campo. Como dizia Nelson Barros, em Dois Estados (jornal miracemense): NEM TUDO ESTÁ PERDIDO. O secretário Toninho Albino deposita todas as fichas da atual administração municipal, no desenvolvimento de Miracema através do incremento da produção de arroz (rizicultura). E mais, estamos produzindo arroz orgânico, isento de agrotóxicos. Esse produto é mais caro, como todos os produtos orgânicos e os governos vêm incentivando a produção deles por acreditar que haverá melhorias nas condições de saúde da população. No exterior, alguns países oferecem até subsídio a quem produz comestíveis sem aditivar agrotóxicos e outros produtos de origem química.
O problema que vejo no incentivo à rizicultura é apenas a diminuição de ofertas de empregos na zona rural. Até quando isso pode dizimar as poucas famílias que ainda resistem no campo. Eles são, na verdade, os "últimos dos moicanos". Perdê-los pode ser um desastre. A questão posta é que a zona rural está abandonada há anos e anos. Minha família que detém propriedades rurais, já deixou de produzir arroz há pelo menos 20 anos. E deixou de produzir porque comercialmente não é viável sob o ponto de vista financeiro. Esse é o problema local.
Já o problema conjuntural é que o arroz vem perdendo valor de mercado desde 1973, segundo estudo especializado da Universidade Federal de Santa Maria (RS). O Rio Grande do Sul está entre os maiores produtores brasileiros desse produto. O estudo, disponível na internet (www.arroz.agr.br) sugere que os produtores tenham prudência na condução da atividade e na realização de investimentos, usando os ciclos de alta para capitalizarem-se de modo a suportar os ciclos de baixa.
A pesquisa também mostra que a sazonalidade dos preços do arroz ao produtor aumentou a partir da década de 90, em função da maior instabilidade dos mercados.
A própria história de Miracema pode ser fonte de inspiração desses e de outros estudos, até porque, a cidade já foi próspera na comercialização do produto. Lembro-me muito bem de várias "máquinas" de beneficiamento do produto, como a do "Marcelino Tostes" e a do "Paulo Barros". Hoje, creio, não há nenhuma empresa beneficiando arroz, nem mesmo parece que há um plano de escoamento da produção. Aliás, falando em escoamento, nosso produto (até o arroz), já nasce mais caro, haja vista as condições das estradas aqui retratada....
Fôlego prefeito. Pois a luta é árdua. Mas NEM TUDO ESTÁ PERDIDO! Não é Nelson?
Um comentário:
RECEBI SEU EMAIL CONVIDADNO PARA VISTAR O BLOG E FIQUEI FELIZ COM TUDO QUE EU LI, POQUE PRIMEIRO MIRACEMA NINGUEM FALAVA A VERDADE. VOCE TÁ FALANDO, DEPOIS QUE A PREFEITURA É RELAPSA MESMO ABANDONOU TUDO QUE É RUA. AQUI EM CATAGUAZES A PREFEITURA FOI OBRIGAD A A PAGAR AÇÃO DE DANOS MORAL PARA UMA PESSSOA EM QUE A RUA ESTAVA ESBURACADA , ÉSSA É UMA IDEA PARA OS MIRACEMENSES. QUEM SABE NÃO DÁ CERTO AI TMBÉM. VEJA SE É POSSIVEL. MEU PAI TRABALHAVA NA MAQUINA DO PAULO BARROS E EU NÃO ACREDITO QUE ISSO VAI DAR CERTO PORQUE NO SUL BRASILEIRO NÃO TEM TANTO MORRO COMO TEM NO RIO DE JANEIRO, VAMOS REMAR CONTRA O MAR. COMO SEMPRE. MAS COMO VOCE DISSE, PELO MEONOS ESTÃO FAZENDO .
Postar um comentário