No mês de maio do ano
passado, durante os festejos da Exposição Agropecuária de Miracema, o laureado
jornalista miracemense José Maria de Aquino, foi homenageado pela Câmara
Municipal com a Comenda Dirceu Cardoso. Por motivos particulares ele não pôde
comparecer ao evento. A Comenda foi entregue em mãos, em junho, em São Paulo,
por mim e seu amigo, o jornalista Adilson Dutra – que o representou na
solenidade. Por falar em Adilson Dutra, ele será o homenageado da edição de
2016 com a Comenda do Mérito Esportivo Jair Nascimento “Polaca”. Por sinal, com
muito merecimento.
Voltando ao assunto do
título do texto, radicado na capital paulista desde a década de 50, esse ícone
do jornalismo esportivo, profissional ético e de extrema competência, que é
formado em Direito, iniciou no Jornal da Tarde a sua brilhante carreira. Ganhou
o “Prêmio Esso de Jornalismo” em duas oportunidades, sendo o primeiro em 1966,
com a equipe do Jornal da Tarde, na reportagem sobre o casamento do Rei Pelé e,
em 1969, com a matéria “O jogador é um escravo”, ao lado do saudoso e também
jornalista Michel Laurence.
Trabalhou na revista
Placar desde a sua fundação, em 1970, até o ano de 1982, quando deixou a
revista para assumir o seu posto na Rede Globo, que o havia contratado. Foi um
dos comentaristas na Copa de Mundo de 1982, na Espanha, e por muitos anos trabalhou
na referida emissora, onde também foi chefe de redação. Depois foi para o
jornal O Estado de São Paulo e esteve no canal por assinatura SporTV, onde
comandava até pouco tempo atrás o Programa Camarote do Premiere FC, ao lado de
Jorge Luiz Rodrigues, entrevistando presidentes de clubes. Além de Copas do
Mundo, cobriu Olimpíadas e fez diversas matérias no exterior.
Apesar de ausente
fisicamente de sua querida Miracema, nunca deixou de mencionar a “Santa
Terrinha” – como ele gosta de dizer – que sempre faz parte de suas crônicas,
com personagens e causos de sua infância aqui vivida. Em uma edição de novembro
de 1978 da revista Placar, no início de sua matéria sobre a Taça Cidade de São
Paulo ele escreveu: é hora de lembrar o velho Jair Polaca, sentado num
caixote do botequim do Farid e falando
do alto de sua sabedoria cabocla: “quem cabras não tem e cabritos vende...”. Ou
seja. É hora de se ver quem tem time para chegar e merecer o título, e quem
está apenas enrolando.
Através de contatos por
e-mail e pelo facebook, consegui de alguns de seus inúmeros amigos de
profissão, mensagens de carinho para homenageá-lo. Foi muito gratificante saber
o quanto ele é querido. A emoção, ao receber a Comenda e as mensagens, ao lado
de sua esposa Kátia, foi algo indescritível.
SILVIO LANCELOTTI
Zé Maria, meu irmão
de profissão e de alma: fora o Gigio, meu irmão de sangue, você foi o primeiro
cara com quem eu dividi um quarto na minha vida. Lembra-se do brado de
"Arauta, araruta, eh eh, filho da... no México-70? Um grande abraço a
você. Pudesse, estaria aí!
MAURICIO NORIEGA
Quando comecei a
trabalhar no SporTV e como comentarista fui ao José Maria de Aquino, que era
consultor do canal, pedir uma opinião. Conhecia o Zé desde moleque, ele era
amigo do meu pai e estudei com o filho dele. Sem nenhum ar de arrogância, mas
com a sinceridade necessária, ele me deu dicas preciosas que procuro utilizar
até hoje!
ROBERTO THOMÉ
Falar do Zé Maria é
muito fácil. Ele foi o cara que me recebeu de braços abertos quando cheguei a
São Paulo vindo de Porto Alegre há mais de 30 anos. Além de chefe de
reportagem, foi o mestre com quem aprendi grandes segredos da profissão e o
amigo de todas as horas. Um cara inteligente, sensível. Zé Maria, com certeza,
está na lista dos maiores jornalistas deste país.
JORGE LUIZ RODRIGUES
José Maria Aquino foi uma
referência para mim nos quase três anos em que dividimos a bancada do Camarote,
do canal Premiere, da Globosat. Suas histórias, a tranqüilidade, a vivência e o
respeito sempre marcaram a condução serena do Zé, sem deixar de ser contundente
nos momentos em que se fazia necessário. Passei a admirá-lo também como pessoa,
daquelas que temos prazer em encontrar e reencontrar.
LUIZ CEARÁ
O nome José Maria de Aquino
fazia tremer os joelhos dos estudantes de Jornalismo que queriam ser do
esporte. Quando chegou a minha vez, na TV Globo, fiquei sem fala. Ele era
dos grandes e é, ainda hoje. Eu continuo seu fã, mas hoje sou um cara
agradecido por ele ter me orientado, durão, mas generoso em dividir sabedoria.
José Maria de Aquino é meu querido chefe e sempre será, e mais que isso, hoje é
meu amigo, coisa de família.
Vocês estão diante de um
grande homem. Um beijo, chefe.
OCTÁVIO TOSTES (Jornalista miracemense que trabalha na Rede
Record, de São Paulo)
O bom filho da Santa
Terrinha
José Maria de Aquino é o
jornalista de quem mais ouvi falarem bem nas redações do Rio e São Paulo.
Elogiam o repórter preciso. O editor ponderado. O chefe humano. E o homem de
caráter admirável. Os mais próximos o chamam de "seo Dotô". Uma
brincadeira com o fato de ele ser também advogado. José Maria engrandece
Miracema. A sua "Santa Terrinha", como ele diz - sempre com saudade.
FERNANDO VANNUCCI
José Maria de Aquino, um
dos mais importantes companheiros que tive em minha vida profissional. Aprendi muito com ele, sempre tranqüilo,
calmo, com aquela fala mansa, mas cheia de experiência. Parabéns e um grande
abraço Zé. Deus lhe abençoe.
JOÃO PALOMINO
José Maria
de Aquino é daquelas raras almas do jornalismo esportivo que vê o passe, não só
o gol. Vê o grito do torcedor, não só o murro no alambrado. Vê o suor e a
lágrima misturados ao que o esporte tem de melhor. A sintonia do esforço e da
vitória. Relata um time olhando além do que só o que pode produzir dentro de
campo. Relata o time pela alma provocativa da paixão. E na paixão ele se formou
um dos grandes nomes do jornalismo esportivo brasileiro. Referência como poucos
são. Para que nós, pobres aspirantes a jornalistas, possamos apenas
reverenciar, aplaudir e tentar sermos um pouquinho dele.
MAURO
NAVES
Na minha
formação profissional aprendi com muitos professores. Mas mestre, na essência
da palavra, apenas um: José Maria de Aquino! Dele carrego, ao longo desses anos,
muitos ensinamentos. Entre eles, um que nunca me esqueci e também não abro mão:
“Jornalista vive de credibilidade!”
E o
coração dele é tão grande que tenho certeza que se um dia, parodiando Carlos
Drummond de Andrade, eu disser que a festa acabou, a luz apagou, e perguntar: -
E agora José? Vou receber dele um afetuoso e protetor abraço!
José Maria
de Aquino: um ídolo, um guru, um mito do jornalismo!
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