Maria Cecília Henriques de dois anos morreu na tarde de segunda-feira
(2 de junho) no Hospital Ferreira Machado (HFM) e, segundo o
superintendente de Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde,
Charbel Cury, a causa da morte seria complicações geradas pelo vírus da
dengue tipo 4.
Charbel afirmou que o quadro da menina, se encaixou em todos os
sintomas da dengue e o exame sorológico confirmou as suspeitas. De
acordo com ele, a vítima teve febre alta durante três dias e foi
encaminhada a um hospital particular. No 4º dia, já no HFM, a criança
teria sofrido de insuficiência respiratória – um dos sintomas da dengue
tipo 4 – o que ocasionou uma infecção grave no pulmão. A menina faleceu
14 dias depois dos primeiros sintomas terem surgido.
“Esse é um caso complicado e nós, da Secretaria de Saúde, lamentamos
muito. A partir de amanhã vamos fortalecer os cuidados de vigilância,
mas é importante frisar que algumas pessoas são mais vulneráveis e,
embora não estejamos passando por uma epidemia este ano, as crianças,
gestantes e idosos ainda correm riscos”, disse Charbel.
Segundo o diretor do Centro de Referência de Doenças
Imuno-infecciosas (CRD), Luiz José de Souza, o caso não passou pelo CRD
e, por isso, ele não pode afirmar se os sintomas indicavam dengue. Luiz
José disse que, este ano, foram confirmados somente quatorze casos de
dengue em Campos e, para ele, seria necessário fazer outros exames mais
detalhados para confirmar se o óbito foi realmente causado pela doença.
“É estranho pensar que uma criança de dois anos morreu de dengue em
um município que não está passando por uma epidemia. Somente a sorologia
não pode confirmar se é dengue, já que o exame, embora tenha dado
resultado positivo, não especifica a doença. Na minha opinião, é
importante que seja feito o TCR e o Imuno-Histoquímica, exames padrão
ouro para identificar a doença, realizados na Fiocruz. Se o caso tivesse
passado pelo CRD, o material da criança teria sido coletado e
encaminhado ao laboratório, mas como não passou, embora eu conheça os
sintomas da dengue, não posso confirmar”, concluiu Luiz José.”(TERCEIRA VIA)
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