quinta-feira, 5 de junho de 2014

PROMOTORIA COMBATE PROSTITUIÇÃO

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu mandado judicial de busca e apreensão em 42 salas de diversos andares um edifício conhecido como ponto de prostituição no Centro de Niterói. Foi detectado que policiais estariam atuando como "cafetões" (exploradores sexuais) no local, o que está sendo investigado pelo MP.

A operação foi realizada na última quarta-feira (21/05) pela 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 2ª CI (Niterói) e pelo Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) da 2ª Central de Inquéritos do MPRJ no edifício da Avenida Amaral Peixoto 327 – também chamado de "Prédio da Caixa Econômica". O síndico do prédio, Orlando Chagas, que já havia sido denunciado criminalmente pela 4ª PIP em outra ocasião e responde a processo criminal, continua sob investigação e poderá ser denunciado por novos crimes.

Devido ao combate sistemático exercido pelo MPRJ à exploração sexual no local, várias salas se encontravam vazias durante a operação. Em outras ocasiões, no entanto, foram encontrados pontos de exploração sexual. Diante de fotos dos investigados, moradores reconheceram algumas pessoas, inclusive policiais, como proprietárias de várias salas destinadas à prostituição. Além disso, foram narrados a ocorrência de outros crimes no local, o que está sendo apurado pelo MP.

Uma moradora abordou a equipe do MP e se prontificou a dar informações sobre os envolvidos nos crimes em questão. Segundo ela, o síndico Orlando Chagas é diretamente envolvido em todos os crimes que acontecem no prédio. Embora ele nunca vá ao local, mantém um olheiro, uma espécie de braço direito, que atende por “Willian”. Ela citou também um policial, que está sob investigação do MP, que possuiria várias salas e seria também um dos chefes da prostituição no lugar.

De acordo com alguns moradores do local, os criminosos estariam disponibilizando algumas salas para que pessoas morassem e se identificassem à polícia como moradores, o que caracterizaria uma estratégia para disfarçar a verdadeira função à qual as salas têm sido destinadas: a prática de crimes como prostituição e tráfico de drogas.

A operação do MP foi viabilizada em razão de mandado de busca e apreensão concedido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Niterói.

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