BRIGA INTERNA MUDA DIREÇÃO DO PDT

O diretório estadual do PDT informou na quarta-feira que vai recorrer da decisão da 1ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, que anulou na terça-feira a convenção que elegeu a atual direção do partido, liderada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A ação que resultou na decisão foi proposta pelo advogado do ex-deputado federal pela legenda, Vivaldo Barbosa.

Segundo os autores da ação, a relatora do processo, desembargadora Maria Augusta Vaz, teria considerado que os atuais dirigentes foram eleitos cometendo pelo menos três ilegalidades: não tinham competência para a convocação, impediram os diretórios zonais de votar e atropelaram o então diretório regional.

Para o deputado Paulo Ramos, líder da bancada pedetista na Assembleia Legislativa, com a decisão toda a atual diretoria do PDT no Rio de Janeiro está, de fato, destituída, e será necessário convocar uma nova eleição.

“Nosso próximo passo será cobrar a prestação de contas dessa diretoria e convocar nova eleição, dessa vez apenas com votos diretos dos filiados do partido e, não mais, com os representantes dos diretórios, que foram indicados pela atual direção e terão que ser destituídos também”, disse.

Advogado do partido e integrante da Executiva Nacional do PDT, Lauro Schuch discorda de Ramos e diz que vai aguardar a publicação do acórdão para recorrer. Segundo Schuch a decisão afronta a lei orgânica dos partidos políticos, que confere autonomia para que eles, em seus estatutos, estabeleçam normas específicas sobre suas convenções. (O Fluminense)