sexta-feira, 24 de junho de 2011

BAIXA QUALIDADE DOS CURSOS DE DIREITO AFASTA ALUNOS

Os calouros têm perdido interesse pelos cursos de direito e administração, os mais procurados do país, e pelas carreiras de saúde e educação. Por outro lado, cresce a procura por engenharia, produção (como os cursos de tecnologia) e construção (como arquitetura). O cenário foi constatado em estudo da consultoria Hoper Educação, com base em dados oficiais do MEC. A pesquisa aponta que o número de ingressantes em cursos privados de engenharia, produção e construção subiu 33% entre 2007 e 2009. Já a procura por administração e direito caiu 10% e 6%, respectivamente. A área de saúde também recuou (5%), puxada sobretudo por enfermagem e fisioterapia. Os dados são os mais atualizados já disponíveis.

Para o autor do estudo, Romário Davel, há dois motivos para o cenário. O primeiro é o mercado de trabalho. A percepção dos calouros é que já há excesso de profissionais nas áreas em queda, enquanto surgem rotineiramente notícias de falta de engenheiros e de profissionais ligados à infraestrutura. "É uma área em que o jovem pode apostar para os próximos anos, porque a demanda deverá seguir alta." Outro fator, diz Davel, é a ação do MEC, que incentiva a abertura de cursos de engenharia e vem barrando a expansão dos de saúde, além de cortar vagas em direito. (OAB)

2 comentários:

RONALDO disse...

QUEM É CONTRA O EXAME DE ORDEM É PORQUE TEM ALGUEM NA FAMILIA QUE NÃO FOI APROVADO E CONTINUA SENDO BACHAREL..

AS EVIDENCIAS DE QUE O ENSINO É RUIM SÃO BEM CLARAS!!

ESTÁ AÍ MAIS UMA!!

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Caro José

Parece-nos mais que óbvio este cenário nacional.

Contudo os arcaicos problemas dos jovens de todas as classes, para saber o que escolher no momento do vestibular, continua o de sempre, com todo desenvolvimento da informação, mas complicado pelo número cada vez maior de opções. Algumas nem entedemos do que tratam.

A velha bússula de seguir as profisões dos pais, avós e outros com bom conceito ou de procurar um vestibular más fácil de passar, ainda, é dominante.

Não cremos que o MEC com a sua tradicional ineficiência tenha considerável peso no assunto.

Até agora não tem conseguido barrar cursos que funcionam até sem registro, quanto mais os meramente mercantis.

Nosso neto Vinícius Lucena, após está cursando Engenharia, na universidade pública em Niterói, resolveu passar para aministração, numa das mais caras escolas de administração do Rio de Janeiro e hoje estuda como nunca. Está muito feliz. Pais e avô engenheiros, está muito bem informado, mas se convenceu pela administração, depois de estar trabalhando na área de administração com o tio.

Devemos não esquecer que o problema da qualidade da formação é muito mais importante do que a da quantidade.

Continuamos convictos que algo como o exame da OAB muito pouco ou nada resolve.

Acreditamos que a participação das entidades reguladoras das profissões,nos processos de registro de cursos e nos de avaliações dos mesmos pelo MEC seja muito mais justo, legal e eficaz.

Claro está que novos cursos só devem ser autorizados, em função das demandas futuras do mercado.

Abraços, saúde ePaz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.