terça-feira, 17 de maio de 2011

MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO QUER QUE USINAS COMPREM CANA QUEIMADA

O Ministério Público Federal (MPF) em Campos (RJ) recomendou que cinco usinas locais de álcool não recebam a cana-de-açúcar de fornecedores que queimam a palha da cana. As usinas COAGRO (Coop. Agroindustrial do Estado do RJ), Companhia Agrícola Norte Fluminense (antiga Santa Cruz), Cia. Açucareira Paraíso, Usina Sapucaia e Usina Pureza Indústria e Comércio (UPIC) têm dez dias para informar se acatam a recomendação e estão sujeitas processo em caso negativo.

A procuradora da República Lílian Guilhon Dore expediu a recomendação com base no inquérito civil que verificou a queima da palha da cana-de-açúcar pelos fornecedores, prejudicando a saúde dos cortadores de cana e dos moradores das regiões próximas às queimas. O MPF já havia proposto ação civil pública na 2ª Vara Federal de Campos pleiteando o fim das queimadas junto às usinas, mas elas alegaram que não eram as responsáveis pelo fogo na monocultura da cana-de-açúcar, já que somente recebiam a cana dos fazendeiros locais.

A recomendação teve seu foco na ação das usinas pois, segundo dado da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), o número de fazendeiros que queimaram a cana-de-açúcar na safra de 2009/2010 passou de 10 mil, tornando difícil coibir a prática. A safra da cana vai de abril a agosto. (Site do MPF)

Já morei em Campos e sei da poluição causada quando ocorre a queima da cana-de-açúcar. Parece que está chovendo cinza. Um horror. Muito boa a notícia!

Um comentário:

Von-Heldh disse...

Esta é uma excelente notícia, pois não só pela poluição causada no ar que realmente é visível, mas também pelos problemas que trazem aos cortadores.