sábado, 9 de abril de 2011

GAROTINHO FAZ REFLEXÃO INTERESSANTE SOBRE A TRAGÉDIA DE REALENGO

"O desespero, o terror, a comoção popular são naturais num momento com este em que estamos acordando de um pesadelo macabro. Inúmeras sugestões e palpites surgem no calor dos acontecimentos, muita coisa é fruto muito mais do medo do que pode vir acontecer no futuro, do trauma.

Não adianta essa idéia de colocar detectores de metais nas escolas. Quase todas as escolas têm muros, algumas grades, há portões para entrada de veículos. Um psicopata calculista sempre vai achar uma brecha. Nos Estados Unidos com todas as medidas anti-terror, os terroristas conseguem muitas vezes achar uma falha ou um ponto fraco para efetuar seus atentados.

É preciso entender que esse tipo de crime não se evita com mais policiamento. Eu talvez seja hoje, o crítico mais contundente da política de segurança do governo Cabral. Sei, e é fato, que o policiamento de rua foi reduzido por conta das UPPs, principalmente nas zonas Norte e Oeste. Mas não é hora de demagogia. Mesmo que o policiamento de rua fosse o ideal, um psicopata vai agir porque planeja minuciosamente seu ataque, estuda o local e sabe o momento ideal para consumar seu massacre insano.

Da mesma forma não adianta agora buscar culpados nas religiões. A carta do assassino é uma miscelânea de elementos, mistura coisas do fundamentalismo islâmico com preceitos cristãos. Revela mais a confusão mental desse psicopata. Pior, tem gente confundindo os muçulmanos com os fundamentalistas islâmicos, que promovem a chamada “jihad”, o que chamam de “guerra santa”.

Também acho temeroso o que vem sendo dito por especialistas na televisão, que sugerem que as pessoas observem o comportamento de colegas ou vizinhos que são solitários, que não se relacionam bem com outras pessoas. Ressaltam sempre que isso pode ser um indício de uma patologia comportamental. Não podemos entrar nessa paranóia de suspeitar de tudo e de todos e achar que todo o vizinho solitário e de pouca conversa, é um assassino em potencial.

Eu sei que ainda estamos em estado de choque, mas não podemos incentivar um clima de histeria coletiva. Pedir serenidade eu sei que é difícil agora. Ainda vai levar algum tempo. " (Retirado do Blog do Garotinho)

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