Numa entrevista concedida ontem, o prefeito de Areal/RJ, Laerte Calil, falou sobre a tragédia que se abateu sobre a cidade e os detalhes da decisão de avisar a população, o que pode ter poupado várias vidas humanas:
"Tudo começou na manhã da última quarta-feira (12), quando saí de casa, fui até o Centro da cidade e me assustei com o que vi no Rio Piabanha. Me dirigi imediatamente para a prefeitura, onde encontrei o secretário de Saúde Antônio Carlos de Oliveira (Maninho), que é de São José e me disse que recebeu notícias dos estragos que o Rio Preto estava causando na cidade. A partir da constatação de que São José estava embaixo d´água e que a força das águas era tanta que já havia arrastado a chamada Ponte Preta. Isso me assustou e aí chamei o secretário de Governo Igor Bastos Silva, o engenheiro Juvenal e o fiscal de Posturas Geraldo Magela.
"Tudo começou na manhã da última quarta-feira (12), quando saí de casa, fui até o Centro da cidade e me assustei com o que vi no Rio Piabanha. Me dirigi imediatamente para a prefeitura, onde encontrei o secretário de Saúde Antônio Carlos de Oliveira (Maninho), que é de São José e me disse que recebeu notícias dos estragos que o Rio Preto estava causando na cidade. A partir da constatação de que São José estava embaixo d´água e que a força das águas era tanta que já havia arrastado a chamada Ponte Preta. Isso me assustou e aí chamei o secretário de Governo Igor Bastos Silva, o engenheiro Juvenal e o fiscal de Posturas Geraldo Magela.
Numa conversa muito rápida disse que precisávamos avisar a população dos bairros ribeirinhos, e imediatamente surgiu a idéia de gravarmos um alerta, o que foi feito. Em seguida, o secretário Igor entrou em contato com os funcionários da geradora de energia elétrica instalada no município para verificar se a empresa já estava com algum plano de ação para controlar a força das águas e regular o nível do rio. A geradora não possuía informações sobre o que estava acontecendo em São José e ainda não possuíam estratégia alguma. A partir deste momento ficamos em contato com a empresa geradora, para monitorar o fluxo da água.
Depois da constatação que Areal seria atingida em poucas horas pelas águas dos rios que cortam a cidade, parei toda parte administrativa da prefeitura e colocamos todas as nossas máquinas nas ruas, caminhões, carros para que os funcionários da prefeitura ajudassem a retirar a população que mora nas regiões ribeirinhas e colocassem em locais seguros.
Pouco tempo depois, devido ao aumento do nível dos Rios Piabanha e Preto, a cidade foi alagada. Este episódio causou destruição em diversos pontos da cidade. Casas foram inundadas, outras foram arrastadas pela força da água. Centenas de famílias perderam tudo e estão abrigadas em escolas. O diferencial da tragédia que abateu Areal em relação a outras cidades da região serrana é que na cidade não houve nenhuma morte, graças ao alerta dado." (Entrerios Jornal)
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