
A agricultura familiar, que responde por mais de 80% dos estabelecimentos rurais no Estado do Rio de Janeiro, receberá uma ajuda de peso este ano. O governo federal, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e o governo fluminense, através da Secretaria de Agricultura, e sua vinculada, Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), implementarão o projeto de "Assistência Técnica e Extensão Rural para o Fortalecimento e Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar". Os recursos, no valor de R$ 2 milhões, do ministério e mais R$ 500 mil da contrapartida estadual, vão estruturar os escritórios da empresa e implementar atividades desenvolvidas pela agricultura familiar no território fluminense.
De acordo com o secretário Christino Áureo, é um volume de recursos nunca aplicado anteriormente neste segmento por intermédio de convênios entre os governos federal e estadual.
– Beneficiará principalmente as cadeias produtivas do leite e de olericultura – produção de legumes e verduras, características da agricultura familiar no estado. Empregam grande volume de mão-de-obra, geram renda e contribuem para o desenvolvimento do interior - ressaltou Áureo.
Muitas das demandas incluídas no projeto, já vêm sendo trabalhadas pela Emater-Rio, com o Plano Comunitário Participativo (PCP), voltado para os agricultores familiares, explica Paulo Cézar Borges, Diretor Técnico da empresa, ao ressaltar que o estado viverá um novo tempo de produção.
O Rio de Janeiro é o segundo maior mercado consumidor do país. Sua extensão territorial, de 0,5% do território nacional, cria um desafio para os agricultores fluminenses: produzir alimentos em quantidade e com qualidade para atender adequadamente uma população que representa cerca de 10% dos brasileiros.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), das quase 54 mil propriedades rurais em todo o estado, 92% tem menos de 100 hectares, sendo 53% delas com área inferior a 10 hectares. A pecuária leiteira, considerada a principal atividade econômica fluminense, está presente em todos os municípios, envolvendo 20 mil produtores. Caracteriza-se por uma produção típica de pequena escala, onde mais de 80% dos produtores retiram diariamente menos de 150 litros e respondem por 40% da produção estadual, em torno de 500 milhões de litros/ano.
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