terça-feira, 1 de maio de 2007

COMO PREVISTO, FRACASSOU EXPOSIÇÃO DE MIRACEMA

Nenhuma agência de automóveis ou vendedor de produtos agrícola interessou-se em instalar um stand na 43a Exposição Agropecuária de Miracema.

O único galpão que pode abrigar bovinos, ficou praticamente vazio, sendo ocupado em apenas de um dos lados com os animais do tradicional pecuarista Clóvis Tostes (herdeiros)


Outra imagem do único galpão de bovinos, praticamente vazio.







Infelizmente é a mais pura verdade. Não houve "exposição" em Miracema. Ao contrário dos anos anteriores, dos 43 anos em que a "festa" aconteceu, esse ano não vieram os animais (pequenos, médios e grandes), não vieram empresas, nem sequer produtos agropecuários. Os poucos animais presentes e o concurso leiteiro (que manteve-se a duras penas), não significaram sequer a mantença do evento.


Acho que faltou empenho da prefeitura e de sua organização, que esqueceu-se até mesmo da tradicional banda, abrilhantando, tradicionalmente, a cerimônia de abertura da "exposição".



Os cavalos, que sempre fizeram a festa, também não participaram, nem mesmo a prata da casa. O único evento rural previsto era um concurso de marcha de equinos, mas o resultado da apresentação foi pífia.



O povo sentiu saudades das antigas exposições, orgulho dos miracemenses, principalmente do tradicional rodeio.



Os shows, isso não faz parte do evento EXPOSIÇÃO. Infelizmente!


5 comentários:

Adilson Dutra disse...

Meu caro amigo
Infelizmente não devemos mais chamar a festa da cidade de Exposição Agropecuária e Industrial de Miracema, pois já perdeu o significado há alguns anos. O que salva o Dia do Município é a FESTA DO REENCONTRO, este sim, deveria ser o nome oficial do evento. Tivemos por lá nos últimos cinco dias e pudemos ter a alegria de rever velhos e abraçar novos amigos durante este período.
A Expo acabou, as fotos não nos deixam mentir, mas o calor do povo da cidade está aceso e por isto a Prefeitura deveria apagar de vez o resquício de Exposição e transformar a semana em dias de encontro com os miracemenses ausentes, aí sim, os shows terão um significado maior, pois poderemos transformar o pátio da expo em um cenário de shows e fazer do Rink e outras praças públicas, um ponto de encontro dos miracemenses ausentes.

Dra Mariana Gama disse...

Tudo muito triste , de agropecuária não existe mais nada mesmo ...
Nem com "exposição de graça " tiveram sucesso !!!
É muita falta de respeito mesmo !!!
a ÚNICA coisa que eu sentia era um terr´vel e fétido odor de podre e sujeira em todo parque de exposição , será que isso quer dizer alguma coisa ?

Carlos e Carla disse...

Alguém em sã conciencia gritou: ACABOU A EXPOSIÇÃO. Já era bebeção (cerveja e pinga), agora, nem de graça o povo gostou. Isso mesmo, boa sugestão: poderia ser festa de reencontro. Mas o que eu queria era reencontrar a festa da minha terra, dos bons tempos que acho que não voltam nunca mais, principalente com esses incompetentes na prefeitura de Miracema.

Hélcio Granato Menezes disse...

Numa Exposição dessas anos passados, eu estava inspirado e escrevi uma crônica. Por meio do diálogo entre os personagens da crônica, podemos perceber que a Exposição estava se transformando, realmente, conforme o companheiro Adílson disse, em Festa de Reencontro. Vejam a crônica:

A URUCUBACA

Numa conversa no bar do Bode, agora na última Exposição de Miracema, falávamos dos problemas que, ultimamente, Miracema vem passando. Primeiro a enchente, uma das maiores que já ocorreu. Pouco tempo depois, o corte geral do abastecimento d’água, por causa da contaminação com resíduos venenosos do rio Pomba, por uma fábrica de papel de Cataguases. E agora a falta de luz, sem previsão de retorno, numa plena sexta-feira da festa de comemoração dos seus 67 anos.

Aliás, justiça seja feita, o bar do Bode é disparado o melhor bar da Exposição.

Um ouvinte atento à conversa alheia, que estava sentado na mesa ao lado, inclinando sua cadeira para trás e torcendo o pescoço nuns 90 graus, enfiou seu bico quase no meio de nossa mesa e, sem pedir licença, disse: “que U-RU-CU-BAAA-CA? Hein? Precisamos arrumar uma benzedeira, daquelas bem boas, e botar ela num helicóptero pra sobrevoar e benzer Miracema”.

Assim que a cadeira do bicudo reclinou e seu pescoço voltou ao normal, todos nós da mesa, como se fôssemos um coral ensaiado, em voz baixa dessa vez, exclamamos: “não é que ele está com a razão!”.

E a conversa prosseguiu para viabilizar o projeto do Bicudo:

- Mas como vamos arranjar um helicóptero. Aqui em Miracema e nas redondezas não tem. Trazer um do Rio vai custar uma nota preta.
- Podemos substituir por um teco-teco desses que volta e meia sobrevoa por aí, que vai custar bem mais barato.
- Hummmm! Vejam a ruiva que chegou na terceira mesa à frente da nossa?
- Vocês homens são todos iguais.
- Já vem você com essas teorias femininas sobre os homens.
- De onde vamos tirar a grana pra pagar o aviãozinho.
- Aviãozinho? Aquilo é no mínimo um Boeing 747!
- Cala a boca ô panaca! Vamos conversar sério!
- Vamos pedir pro Prefeito. Ele vai entender da necessidade.
- Cadê o garçom? Faz tempo que meu copo tá seco!
- Não, não vai dar certo. O Prefeito não vai dar grana nenhuma porque ele não vai ter como explicar isso pro Tribunal de Contas. Esquece o Prefeito.
- Vou pedir uma parcial. Tenho que ir embora.
- É melhor pedir logo a conta. Quem quiser ficar inicia outra.
- Vamos buscar patrocinadores. Pedir ajuda no comércio e indústria de Miracema.
- Garçom! A conta, por favor.
- Mas traz a saideira. Pra todos.
- Que indústria?
- Não menospreze. Aí mesmo na rua em frente da Exposição tem umas cinco. É verdade que são pequenas indústrias, mas são indústrias!
- Então se esqueceram de expor alguma coisa aqui na exposição, pois só vejo boi, cavalo e barraquinha de camelô?!
- Sessenta e três chopes? Pô! Vocês bebem!
- Tá errada essa conta.
- Tá certa! Somos seis, média de dez chopes pra cada um. Estamos aqui há mais de umas quatro horas.

De repente a luz voltou, provocando um ah!... das pessoas que estavam no recinto da exposição. Então pudemos ver no crepúsculo o colorido das roupas e os rostos do povo e dos visitantes vizinhos de Miracema.

No dia seguinte, no mesmo bar, lá estavam todos novamente de copo na mão e sorridentes. Assim que aportei, um deles disse: “estávamos aqui te esperando para continuar aquela conversa de ontem”.

Eu: Que conversa?
Ele: A do projeto do Bicudo! Sobre a urucubaca!
Eu: E eu lá acredito nessas coisas! Ô Companheiro?

Anônimo disse...

Fico triste em saber que a exposição de Miracema tenha acabado, morei ai 20 anos atras, na qual vivi 5 anos na cidade, e me lembro perfeitamente das exposições, eram otimas eu amava tudo aquilo, muitos animais, muito produtores e pessoas atras de ver os animais. Hoje sou Medica Veterinaria e o que me levou muito a escolher essa profissão foi MIRACEMA onde passei os 5 anos ai indo nessa exposição que era apaixonada. Fico muito triste em ter acabado.....