


Outra imagem do único galpão de bovinos, praticamente vazio.
Infelizmente é a mais pura verdade. Não houve "exposição" em Miracema. Ao contrário dos anos anteriores, dos 43 anos em que a "festa" aconteceu, esse ano não vieram os animais (pequenos, médios e grandes), não vieram empresas, nem sequer produtos agropecuários. Os poucos animais presentes e o concurso leiteiro (que manteve-se a duras penas), não significaram sequer a mantença do evento.
Acho que faltou empenho da prefeitura e de sua organização, que esqueceu-se até mesmo da tradicional banda, abrilhantando, tradicionalmente, a cerimônia de abertura da "exposição".
Os cavalos, que sempre fizeram a festa, também não participaram, nem mesmo a prata da casa. O único evento rural previsto era um concurso de marcha de equinos, mas o resultado da apresentação foi pífia.
O povo sentiu saudades das antigas exposições, orgulho dos miracemenses, principalmente do tradicional rodeio.
Os shows, isso não faz parte do evento EXPOSIÇÃO. Infelizmente!
5 comentários:
Meu caro amigo
Infelizmente não devemos mais chamar a festa da cidade de Exposição Agropecuária e Industrial de Miracema, pois já perdeu o significado há alguns anos. O que salva o Dia do Município é a FESTA DO REENCONTRO, este sim, deveria ser o nome oficial do evento. Tivemos por lá nos últimos cinco dias e pudemos ter a alegria de rever velhos e abraçar novos amigos durante este período.
A Expo acabou, as fotos não nos deixam mentir, mas o calor do povo da cidade está aceso e por isto a Prefeitura deveria apagar de vez o resquício de Exposição e transformar a semana em dias de encontro com os miracemenses ausentes, aí sim, os shows terão um significado maior, pois poderemos transformar o pátio da expo em um cenário de shows e fazer do Rink e outras praças públicas, um ponto de encontro dos miracemenses ausentes.
Tudo muito triste , de agropecuária não existe mais nada mesmo ...
Nem com "exposição de graça " tiveram sucesso !!!
É muita falta de respeito mesmo !!!
a ÚNICA coisa que eu sentia era um terr´vel e fétido odor de podre e sujeira em todo parque de exposição , será que isso quer dizer alguma coisa ?
Alguém em sã conciencia gritou: ACABOU A EXPOSIÇÃO. Já era bebeção (cerveja e pinga), agora, nem de graça o povo gostou. Isso mesmo, boa sugestão: poderia ser festa de reencontro. Mas o que eu queria era reencontrar a festa da minha terra, dos bons tempos que acho que não voltam nunca mais, principalente com esses incompetentes na prefeitura de Miracema.
Numa Exposição dessas anos passados, eu estava inspirado e escrevi uma crônica. Por meio do diálogo entre os personagens da crônica, podemos perceber que a Exposição estava se transformando, realmente, conforme o companheiro Adílson disse, em Festa de Reencontro. Vejam a crônica:
A URUCUBACA
Numa conversa no bar do Bode, agora na última Exposição de Miracema, falávamos dos problemas que, ultimamente, Miracema vem passando. Primeiro a enchente, uma das maiores que já ocorreu. Pouco tempo depois, o corte geral do abastecimento d’água, por causa da contaminação com resíduos venenosos do rio Pomba, por uma fábrica de papel de Cataguases. E agora a falta de luz, sem previsão de retorno, numa plena sexta-feira da festa de comemoração dos seus 67 anos.
Aliás, justiça seja feita, o bar do Bode é disparado o melhor bar da Exposição.
Um ouvinte atento à conversa alheia, que estava sentado na mesa ao lado, inclinando sua cadeira para trás e torcendo o pescoço nuns 90 graus, enfiou seu bico quase no meio de nossa mesa e, sem pedir licença, disse: “que U-RU-CU-BAAA-CA? Hein? Precisamos arrumar uma benzedeira, daquelas bem boas, e botar ela num helicóptero pra sobrevoar e benzer Miracema”.
Assim que a cadeira do bicudo reclinou e seu pescoço voltou ao normal, todos nós da mesa, como se fôssemos um coral ensaiado, em voz baixa dessa vez, exclamamos: “não é que ele está com a razão!”.
E a conversa prosseguiu para viabilizar o projeto do Bicudo:
- Mas como vamos arranjar um helicóptero. Aqui em Miracema e nas redondezas não tem. Trazer um do Rio vai custar uma nota preta.
- Podemos substituir por um teco-teco desses que volta e meia sobrevoa por aí, que vai custar bem mais barato.
- Hummmm! Vejam a ruiva que chegou na terceira mesa à frente da nossa?
- Vocês homens são todos iguais.
- Já vem você com essas teorias femininas sobre os homens.
- De onde vamos tirar a grana pra pagar o aviãozinho.
- Aviãozinho? Aquilo é no mínimo um Boeing 747!
- Cala a boca ô panaca! Vamos conversar sério!
- Vamos pedir pro Prefeito. Ele vai entender da necessidade.
- Cadê o garçom? Faz tempo que meu copo tá seco!
- Não, não vai dar certo. O Prefeito não vai dar grana nenhuma porque ele não vai ter como explicar isso pro Tribunal de Contas. Esquece o Prefeito.
- Vou pedir uma parcial. Tenho que ir embora.
- É melhor pedir logo a conta. Quem quiser ficar inicia outra.
- Vamos buscar patrocinadores. Pedir ajuda no comércio e indústria de Miracema.
- Garçom! A conta, por favor.
- Mas traz a saideira. Pra todos.
- Que indústria?
- Não menospreze. Aí mesmo na rua em frente da Exposição tem umas cinco. É verdade que são pequenas indústrias, mas são indústrias!
- Então se esqueceram de expor alguma coisa aqui na exposição, pois só vejo boi, cavalo e barraquinha de camelô?!
- Sessenta e três chopes? Pô! Vocês bebem!
- Tá errada essa conta.
- Tá certa! Somos seis, média de dez chopes pra cada um. Estamos aqui há mais de umas quatro horas.
De repente a luz voltou, provocando um ah!... das pessoas que estavam no recinto da exposição. Então pudemos ver no crepúsculo o colorido das roupas e os rostos do povo e dos visitantes vizinhos de Miracema.
No dia seguinte, no mesmo bar, lá estavam todos novamente de copo na mão e sorridentes. Assim que aportei, um deles disse: “estávamos aqui te esperando para continuar aquela conversa de ontem”.
Eu: Que conversa?
Ele: A do projeto do Bicudo! Sobre a urucubaca!
Eu: E eu lá acredito nessas coisas! Ô Companheiro?
Fico triste em saber que a exposição de Miracema tenha acabado, morei ai 20 anos atras, na qual vivi 5 anos na cidade, e me lembro perfeitamente das exposições, eram otimas eu amava tudo aquilo, muitos animais, muito produtores e pessoas atras de ver os animais. Hoje sou Medica Veterinaria e o que me levou muito a escolher essa profissão foi MIRACEMA onde passei os 5 anos ai indo nessa exposição que era apaixonada. Fico muito triste em ter acabado.....
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