Ele é Fabio da Silva Gomes, sociólogo pela UFJF, Mestre em Administração pela FGV, especialista em comunicação política pela USP, Doutorando pela PUC-SP. Diretor-Presidente do institutoinforma.com.br.
Você como um dos maiores especialistas em eleição do país, o que diria hoje para os candidatos que estão aflitos com a possibilidade de adiamento das eleições desse ano ou mudança da data?
Muito obrigado pelo elogio. Primeiramente cabe dizer que um político deve, sempre, gerenciar seu maior patrimônio intangível: a reputação. Essa tarefa, em nada simples, independe do cronograma eleitoral. Para ser eleito, é preciso estar forte com os eleitores, com boa reputação. Estruturas e recursos sempre fazem diferença. Mas a reputação política e a boa relação com os eleitores é uma vantagem competitiva inigualável. Em última instância, o conselho é: gerenciem o relacionamento com os eleitores.
Que técnicas podem ser aplicadas na pré-campanha, já que "em tese" todos estão em isolamento social?
Na cadência do gerenciamento da reputação, é preciso estar atento aos conteúdos pessoas nas redes sociais. O momento de confinamento lançam as atenções para o online. No mais, não é momento de pedido de voto, mas sim de auxílio aos temerosos nesse dramático cenário pandêmico de dimensões mundiais.
E qual a importância das pesquisas eleitorais em municípios pequenos, como é o caso de Miracema, Pádua, Itaperuna e região?
O monitoramento das percepções do eleitorado. Embora a tendência do comportamento seja monotemática (pandemia), as pessoas também pensam no futuro próximo, após pandemia. Os holofotes estão sobre os governantes. Prefeitos podem melhorar ou piorar muito com o cenário apocalíptico que vivemos. E isso mexe com a percepção dicotômica de continuidade versus descontinuidade. Assim, é preciso avaliar as oportunidades e ameaças de cada candidatura.
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