O Botafogo não mereceu a derrota e o Vasco a vitória.
Mais um jogo sonolento, de baixa qualidade técnica, o que já
virou rotina em nossos comentários, que só confirma a realidade atual. Houve um
penal a favor do Botafogo e não marcado pelo árbitro, no lance em que o
zagueiro Rodrigo derrubou o atacante e o juiz considerou, erroneamente, que o
mesmo acertou primeiro a bola, o que de fato não ocorreu. Sobre o gol anulado
do Botafogo, o jogador estava um pouco à frente e foi correta a marcação.
Com todos os problemas já sabidos, o Glorioso tem o time mais
ajeitado taticamente entre os quatro. Mesmo com a falta de jogadores
qualificados, o seu treinador conseguiu pelo menos dar uma cara pro seu time. O
mérito é todo do Ricardo Gomes, que aos poucos vai encaixando suas peças. Com
tudo isso, reforços mais experientes precisam chegar para a disputa do
brasileirão, que é uma competição muito mais difícil e longa.
O Vasco fez a sua pior partida do ano e o peso da idade
para alguns jogadores será um fator
preocupante para a disputa da 2ª divisão. Com esse ataque o time não sobe como
também não conseguiu escapar ano passado. Nenê é o único com lucidez, mas
parece não estar bem fisicamente e não suporta os noventa minutos. O Jorginho
deveria aproveitar o estadual e testar com mais freqüência alguns garotos da
base, principalmente o Caio Monteiro e o Evander, para dar um pouco mais de
velocidade a esse time marcha lenta.
Para se ter uma idéia de conceitos técnicos dos nossos
treinadores, o Jorge Henrique é um atacante que não incomoda em nada a defesa
adversária. Como eu disse, ele é um “atacante”, mas é adorado pelos técnicos
pela sua determinação em recompor o setor defensivo. Na verdade, ele
praticamente joga como um 2º lateral.
Ajudar é uma coisa, não criar ou finalizar nada é outra totalmente
diferente para a função de um atacante.
Pobre futebol brasileiro!
Um comentário:
Amigos, estamos sempre esperando espetáculo em jogos de nossos clubes, impossível. O que esperar de Rodney, de Walace, de Emerson, de Riasco, de Jorge Henrique, de Magno Alves, de Airton, e por aí vamos numa lista interminável de jogadores se atropelando em campo comandados por treinadores de boa qualidade mas sem poder sobre o elenco, já que seus subordinados estão todos financeiramente satisfeitos e que já alcançaram um padrão de vida que não teriam como alcançar mesmo se tivessem se formados em nível superior, além do que estão tão ligados a seus agentes que apenas os ouvem.
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