Semana que passou ouvi duas questões interessantíssimas sobre o problema da natalidade e algumas constatações. A primeira foi de uma autoridade da área do Judiciário, homem sensível, em fase de conhecimento dos problemas de Miracema, ele vê, numa campanha contra a natalidade desenfreada o combate aos muitos males que nos atingem atualmente: crescimento da droga, do abandono e da falta de condições mínimas para uma educação de qualidade.
A outra veio de uma senhora muito humilde, nascida na zona rural, que vaticinou "o governo não pode fazer tudo pelos pobres." Ela comentava a sugestão que recebeu, de entrar na Justiça para obter remédio de custo baixo (R$ 2,50), em ação contra a prefeitura.
Juntando o que nos disse a autoridade pública com o que disse nossa amiga da zona rural, chegamos à conclusão de que uma campanha contra a natalidade desenfreada tem que ser implantada no interior, inclusive em Miracema.
E mais, o pessoal da área da saúde é quem deve criar condições favoráveis para que as mães, com dois ou três filhos, optem por promover a ligadura de trompas.
Na verdade, o SUS não facilita essa cirurgia no ato do nascimento do segundo, terceiro ou quarto filho, enquanto que deveria fazê-lo. Os médicos indicam a cirurgia posterior, depois do nascimento da criança. Isso é errado. Se a mãe e o pai querem promover a ligadura no ato do nascimento do bebê é uma opção deles, que os médicos deveriam acatar e até incentivar. Deixar para depois, corre-se o risco da mãe não voltar nunca mais em busca da cirurgia e/ou acabar engravidando do quinto, sexto filho, sem condições de educar nem uma única criança. Uma lástima!
Esse é só um ponto inicial de uma discussão que devemos iniciar o mais breve possível com a sociedade miracemense. Aliás, o foro específico é o Conselho Municipal de Saúde e a própria Câmara Municipal de Vereadores, até os blogs podem cuidar do tema.
Está lançado o desafio. Quem quiser comprar a idéia, pode ficar à vontade!
A outra veio de uma senhora muito humilde, nascida na zona rural, que vaticinou "o governo não pode fazer tudo pelos pobres." Ela comentava a sugestão que recebeu, de entrar na Justiça para obter remédio de custo baixo (R$ 2,50), em ação contra a prefeitura.
Juntando o que nos disse a autoridade pública com o que disse nossa amiga da zona rural, chegamos à conclusão de que uma campanha contra a natalidade desenfreada tem que ser implantada no interior, inclusive em Miracema.
E mais, o pessoal da área da saúde é quem deve criar condições favoráveis para que as mães, com dois ou três filhos, optem por promover a ligadura de trompas.
Na verdade, o SUS não facilita essa cirurgia no ato do nascimento do segundo, terceiro ou quarto filho, enquanto que deveria fazê-lo. Os médicos indicam a cirurgia posterior, depois do nascimento da criança. Isso é errado. Se a mãe e o pai querem promover a ligadura no ato do nascimento do bebê é uma opção deles, que os médicos deveriam acatar e até incentivar. Deixar para depois, corre-se o risco da mãe não voltar nunca mais em busca da cirurgia e/ou acabar engravidando do quinto, sexto filho, sem condições de educar nem uma única criança. Uma lástima!
Esse é só um ponto inicial de uma discussão que devemos iniciar o mais breve possível com a sociedade miracemense. Aliás, o foro específico é o Conselho Municipal de Saúde e a própria Câmara Municipal de Vereadores, até os blogs podem cuidar do tema.
Está lançado o desafio. Quem quiser comprar a idéia, pode ficar à vontade!
4 comentários:
os governantes precisam ter coragem para enfrentar o problema, porque a igreja católica é frontalmente contra qquer ação nesse sentido.
Marília Dias Corrêa
Coordenador da ADESP
Não acho que trata-se de uma questão entre pobres e ricos e mais de educação.
Conheço pessoas de razoável poder econômico que tem vários filhos.
A desculpa: a mulher diz nã poder tomar a pílula e o homem diz ter alergia ou não gostar de usar camisinha.
Ou seja, a questão é ignorância do assunto pois hoje não existe isso de não poder tomar a pílula, pois ele tem várias dosagens e princípios ativos diferentes, é só a mulher consultar o seu ginecologista que certamente ele encontrará a dosagem ideal para ela.
O homem não querer usar ou não poder usar camisinha porque dá alergia, já existem camisinhas que são antialérgicas e extra finas que protegem do mesmo jeito que as normais e nã causa desconforto.
Isso sem falar nos outro métodos anticoncepcionais: diu, ligadura, injeções, adesivos, vasectomia, etc.
O que não pode é o governo impor a esterilização e o homem continuar machista a ponto de deixar tudo por conta da mulher, ele também é responsável.
As pessoas devem ser informadas dos métodos e aprenderem a utiliza-los.
Mas que a questão da quantidade de filhos, principalmente das famílias mais pobres é uma questão delicada, isso é.
Os católicos são contra tantas coisas. Se fossemos levar em conta, ao pé da letra, tudo que as igrejas pregam, será que teríamos os avanços que temos hoje?
Lembrem que Galileu quase foi queimado por dizer que a Terra girava ao redor do Sol, ao contrário do que a Igreja acreditava e impunha aos fiéis.
Hoje eles são contra o uso das células tronco, será que se o Papa puder ser salvo da morte pelo uso dessa técnica, ele será contra?
Vou parar por aqui porque os dois temas rendem.
Caro Kvari,
Você acrescentou um item importantíssimo ao debate, ou seja, não e só a esterelização da mulher a única forma de combater a procriação indiscriminada.
Nós homens temos que ter a mesma preocupação e disposição. Porém, sob o ponto de vista prático, se já é difícil ligar as trompas de mulher que está ali, na mesa de cirurgia para um parto cesáreo, já vai tomar anestesia, pagar (SUS) internação, etc, mais difícil ainda é convencer o homem a fazer a vasectomia.
Pior é que ainda existem os boatos ligando a vasectomia a uma possível impotência sexual.
Valeu por debater.
abs
José
Nesse caso, com certeza, se houver um acompanhamento dessa mulher antes e ela estiver consciente do que vai fazer, é muito válido "aproveitar a oportunidade".
Mas devemos também, evitar o primeiro filho precoce, a gravidez na adolecencia.
Ai o papel do homem é muito importante.
E o da educação mais ainda.
A maior parte dessas mães que tem vários filhos, teve o primeiro muito cedo e aí abandona a própria vida - estudos, juventude - para um casamento, muitas das vezes mal sucedido, ou a criação de um filho.
Aí entra os programas sociais, que nesse caso "tapam o sol com a peneira", pois cuidam dos sintomas e não da doença.
Essas mães jovens, acham que podem ter filhos à vontade que o estado vai ajudar a cuidar, ou utilizam os resursos "ganhos" com esse(s) filho(s) para sustento próprio.
É uma questão para longos debates.
Mas continuo achabdo que a principal é educação e machismo - afinal o pai "nunca" cuida do filho que "fez", haja vista o grande número de pedidos de investigação de paternidade na justiça.
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