domingo, 19 de junho de 2016

BRASILEIRO ESTÁ LENDO MAIS


O Instituto Pró-Livro (IPL) divulgou, no último dia 18, uma pesquisa revelando que a leitura é um hábito de 56% da população brasileira. Em relação aos outros anos, isso aponta que o brasileiro está lendo mais: em 2007, a população leitora era de 55%, em 2011, de 50%. Tamires Romano, de 28 anos, faz parte da fatia da sociedade que cultiva o amor pelos livros. Desde a infância, graças à mãe, sempre foi incentivada a ler. A escritora e guia turística lembra que seu “segundo quarto” era a biblioteca da casa, onde estava uma parede inteira de prateleiras lotadas de livros de todos os tipos.
 
“Quando pequena, lia mais gibis. Todo domingo, meu avô me dava um gibi novo quando íamos à feira. Depois, comecei a ler Pedro Bandeira, Ruth Rocha, entre outros clássicos da literatura infantil brasileira, e nunca mais parei”, recorda a escritora, que cita vários autores e livros que marcaram sua trajetória como leitora, desde a Coleção de Drogas de Pedro Bandeira (“A droga da obediência”, “A droga do amor”, “A droga da inteligência”) até o popular Harry Pottter, passando por Ziraldo e Mauricio de Souza e outros clássicos. 

“‘O Pequeno Príncipe’ também me marcou. Apesar de ter ganhado meu primeiro exemplar aos nove anos, só fui me apaixonar de verdade aos 20 e poucos, uma vez que, apesar de ser um livro para crianças, não é um livro infantil em absoluto”, explica Tamires, que conta que, atualmente, gosta de ler distopias, sagas e ficção, principalmente. Outros queridinhos seus são os livros infantis, preferência de 15% da população brasileira. 

“Leio de tudo um pouco, desde os clássicos, até comédia, um pouco de romance (mas não esses muito melosos e previsíveis, que são modinha) e, ultimamente, livros infantis aos montes”, detalha. 

Para Tamires, ler não é um ato solitário. Isso porque ela destaca a mãe como companheira em sua formação como leitora. Além de seguir páginas relacionadas à leitura nas redes sociais, sempre que lê algo novo, procura amigos que já tenham lido o mesmo livro para trocar ideias. 

“Acho que a leitura sempre foi muito presente na minha vida, por isso não considero um ato solitário de maneira nenhuma. Talvez no momento em que você esteja lendo você esteja sozinho, mas sempre mergulhei de tal forma na história que, mesmo lendo sozinha, sempre tive a companhia dos personagens da história, do narrador, do protagonista. Enfim, foi uma construção social na minha vida, desde a minha infância até os dias de hoje. Nunca foi solitário para mim”, conta. (jornal O FLUMINENSE).
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