quinta-feira, 19 de maio de 2016

A queda de um mito....

Adolph Hitler foi mito ao seu tempo. Depois a história o reservou um lugar no lixo. Muitos déspotas também foram mitos, mesmo que por curto espaço de tempo. Mahatma Gandhi foi e é mito até hoje. A história nunca lhe deu outro lugar. Luiz XIV, o rei sol, também foi cultuado, mas a história lhe deu a pecha de vaidoso, ladrão e lhe acusaram de ter arruinado a França.

Dessas histórias, uma das mais interessantes e que por mais vezes foi retratada, é a saga da família Bórgia. Retratada por Mario Puzzo, o autor conhecido por ter escrito a famosa história do Poderoso Chefão, a família conseguiu a proeza de ter um Papa, chefiando o trono romano, no livro Os Bórgias.

Endeusado por toda a Itália, que o Papa Alexandre conseguiu unificar em um só "reino", ele era cultuado, endeusado e chamado até de santo. Mas Alexandre, fechado entre as paredes do Vaticano, pratica horrores com sua família. Sua filha Lucrécia, o Papa a tornou apaixonada pelo próprio irmão.

Os mitos caem, mas conseguem, por longos tempos, enganarem a todos. São endeusados, tratados com pompas e recebem todas as glórias de seus súditos, que admiram-os e o tratam como verdadeiro rei.

Hoje a nossa história reserva a ruína ao então grande líder Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro presidente operário, de origem humilde, líder sindical, que no ápice de seu tempo de mito, chegou a ser imortalizado no filme "O filho do Brasil".

Lula está saindo pela porta dos fundos da nossa história.

E os mitos locais? E os mitos regionais?

Miracema teve um mito, que morreu no auge. Em toda a região, onde incluo Miracema, Natividade, Porciúncula e Itaperuna, Luiz Fernando Linhares, ex-deputado, engenheiro do DER, é nome de rua. Linhares perdeu a vida num acidente e sempre é lembrado com carinho por todos os miracemenses, de muitas gerações.

Nosso Estado perdeu grandes mitos, como Jorge Roberto da Silveira, tido como futuro governador do Estado, que também perdeu a vida num acidente. O Brasil perdeu muitos mitos, como Tancredo Neves e JK.

Mitos saem da história como tiranos, ladrões ou mortos. As histórias vão sendo rasgadas, contadas e recontadas.

"Todo aquele que contribui com uma pedra para a edificação das ideias, todo aquele que denuncia um abuso, todo aquele que marca os maus, para que não abusem, esse passa sempre por ser imoral " (Honoré de Balzac)


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