O senador Pedro Simon (PMDB-RS) vai deixar a vida pública em 31 de
janeiro de 2015, dia em que termina o seu quarto mandato como senador e,
coincidentemente, completa 85 anos. Em entrevista exclusiva ao
Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, em sua casa
na capital gaúcha, ele reconheceu que a decisão de não concorrer
novamente foi influenciada pela decepção com o caminho tomado pelo
partido que ajudou a fundar.
Segundo ele, este é o pior
momento vivido pelo PMDB, que ele ainda chama, na maioria das vezes, de
MDB. "O mal no Brasil de hoje é esse sistema de ter 30 partidos vazios
de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro
ali. E o MDB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter
uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O
partido perdeu a consciência", afirmou, reconhecendo que, hoje, se sente
isolado na legenda.
Simon, que já governou o Rio Grande
do Sul e foi deputado estadual em quatro mandatos consecutivos, é um dos
símbolos da ala contrária à aliança com o PT de Dilma Rousseff. Além de
defender a independência do PMDB, Simon não acredita que a presidente
tenha força política para fazer um bom segundo mandato. "O Lula tinha o
grupinho dele, com quem discutia e debatia. Que se saiba a Dilma não
tem", revelou.(PORTAL A TARDE)
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